Evolução do Credit Default Swap (medida de risco de default) do Credit Suisse entre 2002 e 2022. Como é possível observar, o CDS explodiu para um nível superior ao observado em 2008, auge da crise do subprime.
Os rumores sobre o Credit Suisse e Deutsche Bank não são uma novidade. Há algum tempo comenta-se que estes dois grandes bancos se encontram em uma situação financeira delicada, principalmente pelo tamanho das posições alavancadas. Ao longo da última semana estes rumores ganharam mais força, principalmente para o Credit Suisse. O CDS, medida de risco de default, atingiu a sua máxima.
Uma elevação do CDS indica uma elevação nas expectativas do mercado de que o Credit Suisse irá dar um calote. Atualmente, o Credit Suisse possui US$160 bilhões em dinheiro, US$900 bilhões em posições alavancadas e US$40 bilhões em patrimônio líquido. Ao mesmo tempo em que o mercado aposta cada vez mais em um risco de calote, o Credit Suisse se posiciona como um dos pilares do sistema financeiro global. Como bulge bracket, o banco é “grande demais para falhar”. Logo, um default seria, em qualquer hipótese, catastrófico. Por essa razão, a crise no banco suíço tem preocupado tanto o mercado.
Koerner, CEO do Credit Suisse, procurou acalmar o mercado – sem sucesso. Koerner afirmou que o banco está passando por um “momento crítico”, referindo-se a reestruturação das operações de investment banking. No memorando, afirmou que o Credit Suisse possui liquidez e uma base sólida de capital.
Muitos analistas acreditam ser pouco provável que um evento ao estilo Lehman Brothers aconteça novamente. Porém, uma coisa é certa: na pior hipótese, existiria um longo caminho até o Credit Suisse declarar a sua falência. E, ao longo desse processo, existiriam efeitos adversos por todo o sistema financeiro global: da bolsa suíça à bolsa brasileira. Seria o Credit Suisse resgatado pelo Banco Central da Suíça, assim como o UBS foi? Veríamos uma fusão entre o UBS e o Credit Suisse, possibilidade que tem sido comentada? Ou veríamos uma quebra que poderia desencadear uma nova crise de liquidez no mercado?
Qualquer resposta para estas perguntas, ao menos por ora, se trata de meros palpites. Porém, é totalmente válido entender as preocupações e os rumores cada vez mais ardentes: o Lehman possuía, à época que quebrou, US$600 bilhões sob gestão. O Credit Suisse e o Deutsche Bank, somados, possuem US$2,8 trilhões sob gestão.
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Lucas Schwarz