De forma resumida, podemos dizer que o índice de eficiência é uma métrica que busca medir quanto uma empresa gera de receita em relação aos seus custos. Vale ressaltar que esse indicador é largamente utilizado para empresas do setor bancário, no entanto, também é possível utilizá-lo para outros segmentos.
O índice de eficiência é bastante útil para medir a produtividade relativa de uma companhia, uma vez que relaciona a receita bruta obtida em determinado intervalo de tempo com as despesas incorridas pela organização na geração dessa receita. Assim, o indicador oferece uma relação proporcional que sinaliza o quanto deve ser investido pela companhia para atingir determinado montante de rendimento bruto.
Por exemplo, o Banrisul, banco estatal do Rio Grande do Sul, divulgou que no segundo trimestre de 2022, o seu nível de eficiência foi de 63,3% nos doze meses acumulados até junho do referido ano, um aumento de 9,3% em comparação aos 54% dos dozes meses acumulados até junho de 2021. Isso indica que para o Banrisul ganhar R$100 de receita bruta, o banco teve R$63,3 em despesas, ao passo que, no ano anterior, para atingir essa mesma receita, a instituição financeira gastou R$54.
Assim, no referido exemplo, percebe-se que as despesas aumentaram em proporção às receitas, o que indica que o desempenho da instituição financeira piorou na comparação anual. A partir disso, conclui-se que quanto menor o índice de eficiência, melhor para a companhia em análise.
Podemos analisar a dinâmica do índice de eficiência de uma empresa ao longo do tempo, porém também é possível comparar esse indicador entre companhias diferentes, desde que sejam do mesmo segmento. No segundo trimestre de 2022, o índice de eficiência do Banco do Brasil, por exemplo, alcançou 33,2%, melhora de 1,5% na comparação trimestral e de 3,5% na comparação anual. Assim como o Banrisul, o Banco do Brasil é uma empresa controlada por um ente público, contudo seu índice de eficiência é consideravelmente menor (consequentemente melhor) do que o reportado pelo banco gaúcho.
Índice de Eficiência= Despesas/Receitas
Dessa maneira, vale destacar que cada empresa tem as suas especificidades próprias aos seus modelos de negócio e isso naturalmente impacta os índices de eficiência dessas organizações. Por exemplo, bancos com estruturas físicas mais robustas em relação às suas receitas tendem a ser menos eficientes ao passo que instituições financeiras privadas, guiadas unicamente pelo lucro, tendem também a ter mais eficiência do que organizações estatais que eventualmente tenham funções sociais.
Além disso, vale salientar que cortes de custos ou programas de investimentos também podem impactar os indicadores de eficiência no curto prazo e uma análise correta deve ponderar as consequências dessas estratégias para a lucratividade futura do negócio.
Por fim, apresentar um bom índice de eficiência é essencial para a companhia atrair investimentos de maneira consistente no longo prazo, no entanto, nenhum indicador deve ser analisado de forma exclusiva para tomada de decisão por parte do investidor. Esse indicador tem a qualidade de apresentar uma informação rápida sobre a eficiência da empresa, porém tem um viés muito simplista, não levando em consideração as expectativas futuras do negócio e os riscos do investimento.
Se você não tem tempo para acompanhar todos os movimentos do mercado ou se quer investir com segurança e foco em resultados tendo todo o suporte de uma equipe de analistas com experiência:
São 6 carteiras recomendadas separadas em 4 categorias de ações: dividendos, valorização, small caps, microcaps, fundos imobiliários e fundos imobiliários high yield. Essa é uma excelente alternativa para investidores que querem construir uma carteira bem completa, diversificada, com uma boa renda passiva e aproveitando as oportunidades de valorização da bolsa.
Foi possível aprender um pouco mais sobre o famoso índice de eficiência? Deixe as suas dúvidas nos comentários e até a próxima!
Milton Rabelo
Analista CNPI 2444