Segundo a última pesquisa da Febraban, Federação Brasileira de Bancos, as projeções para o mercado de crédito no Brasil em 2022 e 2023 tiveram forte melhora em relação ao penúltimo levantamento realizado em setembro do ano corrente.
Vale ressaltar que a Pesquisa Febraban é realizada com 20 bancos, sendo feita a cada 45 dias, após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Dessa maneira, ela reúne as percepções das instituições financeiras sobre a última Ata e as projeções para o desempenho das carteiras de crédito para o ano corrente e o subsequente.
Pela sexta vez seguida, as instituições financeiras aumentaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022, passando de expansão de 11,4% para 13,9% ao passo que, para 2023, a média das projeções subiu de 6,9% para 8,0%.
De acordo com a Febraban, a melhora das expectativas pode ser atribuída aos números correntes positivos da economia, ao crescimento maior que o esperado da atividade e às medidas de estímulo, como a reedição dos programas públicos de crédito.
É interessante apontar que, no início do ano, havia uma apreensão generalizada em todo o mercado bancário em relação ao aumento da inadimplência e, naquele momento, as projeções macroeconômicas sinalizavam um cenário diferente do que efetivamente tem se concretizado no Brasil.
De acordo com Isaac Sidney, presidente da Febraban, as sondagens de algumas instituições mostraram nova alta da confiança entre os empresários e consumidores em setembro, reforçando a percepção de avanço da atividade no terceiro trimestre de 2022. Assim, a cautela inicial foi dando espaço para um cenário mais otimista tanto em relação ao mercado de crédito quando à economia brasileira de maneira geral.
Segundo a Febraban, a projeção para carteiras com recursos livres saltou de 14% para 16,7% em 2022 e essa perspectiva tem como base, inclusive, um quadro de aumento da ocupação na economia. Além disso, a instituição reportou uma melhora da perspectiva tanto na carteira Pessoa Física, de 15,3% para 17,2%, quanto na de Pessoa Jurídica, de 13% para 14,5%. Vale ressaltar também que houve um aumento das expectativas de crédito em relaçao aos recursos direcionados que passaram de 6,9% em agosto para 9,3% para 2022.
Já para 2023, esperam-se altas tanto na carteira com recursos livres de 8,4% para 9,3%, como na direcionada de 4,7% para 6%. O número mais positivo foi impulsionado pela revisão da carteira PJ, com alta de 0,2% para 5,1%, refletindo a nova rodada dos programas públicos de crédito (Pronampe e PEAC-FGI). A projeção da carteira de pessoa física direcionada também melhorou, passando de 10,5% para 12,8%, em função do considerável crescimento do crédito rural e sinais de resiliência da carteira imobiliária, apesar do aperto monetário.
Vale ressaltar também que os bancos consultados pela pesquisa apontaram um leve aumento nas projeções de inadimplência ao final de 2022, de 3,8% para 3,9%, mesmo nível apresentado pelo Banco Central no mês passado, sinalizando a expectativa de um cenário ainda relativamente confortável.
No caso, de acordo com o levantamento, para 50% dos bancos, a inadimplência deve encerrar o ano em até 4,0%, ao passo que para 38,9% ela deverá ficar entre 4,0% e 4,5%. Assim, apenas 11,1% esperam uma alta significativa de mais de 4,5%. Por fim, para 2023, a projeção de inadimplência passou de 4,1% para 4,2%.
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Milton Rabelo
Analista CNPI 2444