Os índices de confiança são bastantes importantes acompanhar por ser um indicador antecedente do desempenho tanto do consumo no Brasil quanto da construção civil.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo FGV IBRE, registrou uma queda de 3,3 pontos no mês de novembro, atingindo o menor nível desde agosto. A queda pode ser explicada principalmente pelo cenário macroeconômico ainda desafiador no Brasil, com taxa de juros e inflação elevada.
Apesar da redução da inflação que houve nos últimos meses puxada por combustíveis, o público de baixa renda permanece sofrendo e insatisfeito com o poder de compra atual. O endividamento das famílias no Brasil ainda é bastante alto e está prejudicando diretamente o consumo no país. Recentemente, uma pesquisa mostrou que a inadimplência atingiu recorde de 64,8 de pessoas.
Nesse cenário podemos concluir que as ações de empresas varejistas que possuem como público-alvo a baixa renda, devem continuar com resultados pressionados no curto prazo. Por outro lado, as varejistas que atendem o público de alta renda tendem a continuar apresentando resultados mais sólidos.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou uma queda de 5,3 pontos em novembro, a maior redução desde abril de 2020 e o menor nível desde março de 2022. Após sete meses de um certo otimismo na construção, começamos a visualizar expectativas mais desafiadoras em relação ao futuro do setor. Segundo a coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE, Ana Maria Castelo, o maior pessimismo pode estar associado as incertezas em relação à política econômica do próximo governo.
Por fim, acreditamos que as construtoras de baixa renda estão melhor posicionadas nesse cenário de incerteza, isso porque são diretamente beneficiadas pelas políticas sociais e incentivos ao programa Minha Casa Minha Vida, algo muito presente nos discursos do presidente eleito.
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Lucas Lima