Disparada do Setor Educacional

Voltando um pouco no tempo, fica claro que as empresas de educação começaram a ser pressionadas na Bolsa lá em 2017, que foi quando aconteceu as mais severas mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De forma mais intensa, como já é de conhecimento do mercado, o setor educacional vem passando por maus bocados desde a época do início da pandemia, sendo um dos setores mais afetados, haja vista a reestruturação. A principal mudança foi a transição do ensino presencial para o digital. Nesse sentido, todas as empresas do setor viram seus números pressionados, mesmo que em proporções diferentes. 

Desde a eleição do atual Presidente da República, que por sua vez possui na agenda algumas pautas educacionais, as ações das empresas deste setor  reagiram positivamente, com alguns ativos até subindo mais de 10% com a notícia de criação de grupo para avaliar o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e a destinação de recursos para o Programa, por exemplo. 

Resultados das empresas

No entanto, ao final de 2022 os resultados das empresas do setor educacional não vieram muito animadores, e por consequência, o mercado penalizou. Assim, até o início do ano de 2023 foi possível observar esse movimento de pressão sobre os papéis das Companhias de educação. 

De forma mais recente, apesar das dificuldades, as empresas, de modo geral, estão conseguindo se reequilibrar. A partir dos resultados divulgados pelas empresas no final de 2022, e sobretudo, no início de 2023, essas empresas têm demonstrado desempenho positivo. 

Acontece que esse último mês está refletindo, justamente, os últimos resultados divulgados e as expectativas positivas para os próximos períodos. O otimismo está sobre os dados positivos da inflação e possível corte de juros. 

Olhando para frente, é bem possível que os papéis dessas empresas continuem com performance positiva pelos próximos dias, pois são bem sensíveis às taxas de juros. Assim, apresentando um bom resultados operacional, e com o ambiente macroeconômico ajudando, os investidores devem continuar capturando a janela de oportunidade. Nos próximos dias o setor deve refletir a Portaria publicada em que o Ministério do Planejamento e Orçamento destina crédito suplementar ao Ministério da Educação.  

Pela imagem abaixo é possível visualizamos que a Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3), Ser Educação (SEER3), Cruzeiro do Sul (CSED3) e Ânima (ANIM3) apresentaram performance positiva e bem expressiva ao longo do último mês. Esse movimento pode indicar o retorno do setor, já que se beneficia de melhores condições macroeconômicas. 

Perfomance das educacionais x Ibovespa

Fonte: Thomson Reuters (Refinitiv)

Apesar do mês positivo (Maio/2023), é importante ficar atento as perdas acumuladas, pois como enfatizado, trata-se de um setor que tem passado por muitas dificuldades, o que por consequência, foi refletido no preço dos ativos. Assim, recomenda-se ficar de olho nos resultados das empresas, nas estratégias, projeções, desempenho do setor e ainda no avanço das pautas macroeconômicas. 

Até a próxima,

@profacaritsamoreira

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