Banco Bmg pretende vender sua participação na Bmg Seguros ao Banco Daycoval

Em fato relevante, o Banco Bmg informou que pretende vender as suas ações ordinárias da Bmg Seguros à Dayprev Vida e Previdência S.A., seguradora pertencente ao grupo do Banco Daycoval.

O preço da Operação é equivalente a 1,47 vezes o patrimônio líquido da Bmg Seguros na data de fechamento da operação.

De acordo com o Bmg, a operação faz parte da estratégia do Banco de concentrar esforços na execução das suas principais linhas de negócio, com o objetivo de crescer e gerar resultados sustentáveis aos seus acionistas e demais stakeholders.

Já o Daycoval informou que o objetivo da compra é expandir produtos e serviços pautados na diversificação, oportunidade e manutenção do relacionamento de longo prazo com os clientes.

Vale apontar que o fechamento da operação está sujeito à implementação de determinadas condições precedentes usuais a esse tipo de transação, incluindo a obtenção das aprovações prévias do Banco Central do Brasil – BACEN, da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.

O Lucro Líquido Recorrente do banco Bmg atingiu R$ 105 milhões no 2T24, representando um aumento de 11,6% no trimestre e um Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) de 10,8% a.a.. Na visão acumulada do semestre, o Lucro Líquido Recorrente atingiu R$ 200 milhões com um ROAE de 10,2%a.a., colocando o Banco em um novo patamar, em comparação ao ROAE de 0,4% a.a. apresentado no 1S23.

Como foram os últimos resultados do Banco Bmg?

O Patrimônio Líquido em 30 de junho de 2024 atingiu R$ 4.120 milhões, aumento de 3,4% em relação ao trimestre anterior e de 7,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre de 2024, o patrimônio líquido variou principalmente em decorrência: (i) do lucro líquido contábil de R$ 201 milhões; (ii) efeito positivo de marcação a mercado e hedge no montante de R$ 111 milhões; (iii) reconhecimento de planos de pagamento baseado em ações aos executivos do Banco, e (iv) provisionamento de JCP.

Já a margem financeira líquida atingiu R$ 1.460 milhões no 1S24, uma elevação de 20,7% na comparação atual, sendo R$ 746 milhões no 2T24. No 2T24, a margem financeira líquida de R$ 746 milhões, aumento de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 20,3% em relação ao 2T23.

A carteira de crédito total atingiu R$ 24.276 milhões no 2T24, representando uma redução de 2,4% no trimestre e de 1,5% em doze meses. A redução da carteira no trimestre ocorreu, principalmente, por conta da cessão sem retenção de riscos e benefícios de R$ 1,2 bilhão da carteira de antecipação do FGTS. Por outro lado, houve crescimento das carteiras de produtos consignados, crédito na conta e do empréstimo consignado nos Estados Unidos (substancialmente devido a variação cambial no período).

As receitas de prestação de serviços são compostas principalmente pela receita de intercâmbio advinda do uso para compras dos cartões de crédito consignados e dos cartões tradicionais. A receita de intercâmbio atingiu R$ 16,1 milhões no 2T24, aumento de 7,7% no trimestre e redução de 16,1% em doze meses. Ainda, estão inclusas também receitas de tarifas e fees oriundos do segmento de atacado e de banco de investimento em parceria com a Araújo Fontes

As despesas administrativas e operacionais apresentaram, no primeiro semestre de 2024, uma redução de 5,8% em relação ao mesmo período de 2023. No 2T24, as despesas atingiram R$ 569 milhões, aumento de 5,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e redução de 7,4% em relação ao 2T23.

No primeiro semestre de 2024, o índice de eficiência foi de 54,0%, melhora de 6,6 p.p. em relação ao mesmo período de 2023. No 2T24, o índice atingiu 54,3%, aumento de 0,6 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e melhora de 8,3 p.p. em relação ao 2T23, reflexo da gestão efetiva de custos que o Banco vem realizando e também do aumento das receitas.

Ainda, no 2T24, o Banco realizou cessão sem retenção de riscos e benefícios de R$ 1,2 bilhão da carteira de antecipação do FGTS, sendo que parte do resultado dessa cessão foi utilizado para fortalecimento de balanço.

Por sua vez, a originação de crédito dos produtos consignados e varejo PF cresceu 21,5% totalizando R$ 4,5 bilhões de valor liberado no semestre. Vale apontar que a Carteira de Crédito Total atingiu R$ 24.276 milhões, uma redução de 2,4% no trimestre devido a cessão sem retenção de riscos e benefícios de parte da carteira de antecipação do FGTS.

O Índice de Inadimplência acima de 90 dias atingiu 4,6%, melhora de 0,1 p.p. no trimestre e de 0,9 p.p. em comparação ao 1T23. A carteira permanece com foco nos secured loans (consignados + FGTS) que representam 71% do saldo total.

Por fim, o Índice de Basileia aumentou 0,7 p.p. no trimestre, atingindo 13,9%, sendo 10,3% de Capital Nível 1.

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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