Bradesco pagará R$ 2 bilhões em JCPs aos seus acionistas

O Bradesco comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi aprovado o pagamento de juros sobre o capital próprio intermediários, no valor total de R$2 bilhões, sendo R$0,179570675 por ação ordinária e R$0,197527743 por ação preferencial.

Serão beneficiados os acionistas que estiverem inscritos nos registros da sociedade no dia 30/09/2024 (data-base de direito), passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos juros intermediários a partir de 01/10/2024.

O pagamento ocorrerá até o dia 30/04/2025 pelo valor líquido de R$0,152635074 por ação ordinária e R$0,167898582 por ação preferencial, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% (quinze por cento), exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação.

Por fim, vale apontar que os juros ora aprovados representam, aproximadamente, 10,4 vezes o valor dos juros mensalmente pagos, líquidos de imposto de renda na fonte, e serão computados no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previstos no Estatuto Social.

JCPs do Bradesco

Valor líquido por ação preferencial (BBDC3 e BBDC4): R$0,15 e R$0,16

  • Dividend Yield: 1,1%
  • Data com: 30/09/2024
  • Data do pagamento: Até 30 de abril de 2025

Como foram os últimos resultados do Bradesco?

No 2T24, o lucro líquido recorrente foi de R$ 4,7 bilhões, elevação de 12,0% na comparação trimestral e de 4,4% na comparação anual.

Por sua vez, o ROAE foi de 11,4%, aumento de 0,6% na comparação trimestral e diminuição de 0,1% na comparação anual. Vale apontar que a rentabilidade foi impulsionada por menores despesas com PDD, aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros. As despesas operacionais cresceram no trimestre em linha com o esperado, impactadas por provisões cíveis e fiscais.

Já o desempenho da margem financeira no trimestre apresentou recuperação na comparação trimestral, com crescimento de 5,0% impulsionado pelo aumento do volume médio de negócios em todos os segmentos, com destaque para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas. É válido apontar, contudo, que, na base anual, houve uma retração de 5,9%.

Por sua vez, a inadimplência da carteira de crédito, considerando atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,5 p.p. no trimestre. Houve queda em todos os segmentos.

As novas safras continuaram revelando boa qualidade, com indicadores antecedentes de inadimplência em níveis inferiores ao período pré-pandemia, o que possibilita o banco aumentar a sua carteira de crédito com segurança.

A PDD Expandida / Operações de Crédito Expandida apresentou redução de 0,3 p.p. no trimestre e de 1,6 p.p. no ano, refletindo a melhor qualidade das novas safras nas operações do massificado (PF e PJ) e as melhorias implementadas na jornada de concessão e recuperação de crédito, que geraram maior eficiência na cobrança resultando em maiores receitas de recuperação de crédito. Cabe destacar que mesmo com redução das despesas com PDD nos períodos, o índice de cobertura acima de 90 dias aumentou no trimestre e nos últimos 4 trimestres provisionamos 100% do NPL Creation.

Por seu turno, o NPL Creation em relação a carteira apresentou melhora de 0,5 p.p. em comparação ao 2T23, com redução em todos os segmentos, enquanto no trimestre a melhora foi de 0,1 p.p., destacando o segmento MPME. Nos últimos 4 trimestres, nosso nível médio de provisão (PDD bruta) para os novos inadimplentes foi de 100%.

As receitas de prestação de serviços atingiram R$ 9,3 bilhões no 2T24, aumentando 5,1% t/t. Observamos crescimento em diversas frentes, com destaque para mercado de capitais, operações de crédito e administração de fundos.

Por fim, o Grupo Bradesco Seguros registrou lucro líquido de R$ 2,2 bilhões no 2T24, o que representa crescimento de 12,7% frente a 1T24, com evolução do ROAE de 19,8% para 22,1%. As receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização somaram R$ 30,2 bilhões (+8,0% vs. 1T24). No 1S24, o lucro líquido atingiu R$ 4,1 bilhões (+0,1% vs. 1S23), e as receitas e contribuições totalizaram R$ 58,2 bilhões (+15,2% vs. 1S23).

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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