O tema recessão ganhou força nos últimos dias, com os bancos centrais pelo mundo adotando um discurso bastante duro. O Federal Reserve (FED) anunciou na última quarta-feira (21) o aumento da taxa de juros em 0,75 ponto percentual, para 3%-3,25% (maior nível dos últimos 30 anos). Em conjunto, o Banco Central brasileiro decidiu manter a taxa de juros em 13,75%. Os dois movimentos foram conforme as expectativas do mercado, entretanto, um discurso tão duro não era esperado pelos investidores.
Nos Estados Unidos, o comunicado do banco central já direcionou que nas próximas reuniões terão novos ajustes para cima. O FED está disposto a fazer o que for possível para conseguir atingir a meta de inflação de 2,00%, mesmo que o resultado seja uma recessão. A maioria dos membros espera uma taxa de juros em torno de 4,6% no final de 2023. De fato, a inflação americana está assustando bastante e precisa ser combatida de alguma forma, os últimos dados registraram uma inflação em torno de 8,0% no país.
Nesse contexto, o banco central americano chegou a conclusão que para atingir a meta de inflação será preciso elevar a taxa de juros o mais rápido possível, caso ao contrário, o nível alto de preços pode se espalhar para sociedade e ficar muito mais difícil de controlar.
Esse cenário todo pode ocasionar uma recessão e, consequentemente, revisão para baixo dos lucros das empresas americanas, o que impactaria muito negativamente as bolsas. Vale lembrar que recentemente a empresa FedEx, uma das empresas de serviços de entregas mais importantes dos Estados Unidos), reportou números financeiros bem ruins e anunciou que pretende fechar diversos pontos e pausar contratações para redução de custos.
E no Brasil?
A verdade é que o Brasil vem surpreendendo positivamente em alguns indicadores macroeconômicos e, além disso, já realizou praticamente todo o trabalho de elevação na taxa de juros. Mas, por ser um país emergente, seria impactado por todo cenário externo que vem sendo bastante desafiador.
O Banco Central brasileiro manteve a taxa de juros em 13,75%, mas vale destacar que a decisão não foi unânime, visto que 2 membros votaram a favor de um ajuste adicional de 0,25%. O BC mostrou pela primeira vez uma preocupação com o mercado de trabalho que vem melhorando bastante, uma vez que pode ser um fator que acarrete pressões inflacionárias no futuro.
Portanto, existem dúvidas se a taxa de juros de 13,75% realmente será suficiente para levar a inflação do horizonte relevante para a meta. Além disso, não há um consenso de que a taxa de juros será realmente reduzida no próximo ano, principalmente por conta da inflação de 2024, que atualmente está com projeções acima da meta.
Por fim, a possibilidade de uma recessão global e da taxa de juros no Brasil ficar alta por muito tempo, são fatores que deixam os investidores bastante atentos e com receio. É difícil prever o que realmente pode acontecer, mas crises acontecem e o investidor deve estar sempre preparado para essas situações, seja para proteger o patrimônio ou para aproveitar boas oportunidades.
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Lucas Lima