Investimento e emoção: como o psicológico afeta seus rendimentos?

Você já parou para pensar em como nossa emoção podem influenciar diretamente nossas decisões de investimento? Pensando em sua experiência como investidor, é comum você ficar ansioso diante da oscilação da bolsa de valores ou até mesmo em estado de euforia?

O grande problema surge quando você permite que sua emoção guie suas decisões de investimento. Um estudo recente da CFA Society Brazil confirma essa ideia: muitos investidores acabam tomando decisões influenciadas por suas emoções, o que pode ser bastante prejudicial para seus rendimentos.

Neste artigo, você vai descobrir como evitar essas armadilhas emocionais e aprender estratégias para tomar decisões de investimento mais racionais e eficazes.

Investidor emocional x investidor racional

Os “investidores comportamentais” são aqueles que se deixam levar por emoções ao escolher onde colocar seu dinheiro. Eles tendem a selecionar ações de empresas que estão em alta na mídia ou com as quais se sentem emocionalmente conectados. Além disso, são mais propensos a optar por fundos de alto custo e trocar entre classes de ativos de maneira agressiva, sem considerar adequadamente os custos envolvidos ou o histórico do gestor do fundo. Isso pode resultar em um desempenho inferior quando comparado ao investimento de investidores que adotam uma abordagem mais racional e fundamentada, sem levar em consideração a emoção.

Os especialistas explicam que um investidor emocional geralmente escolhe ativos com grande perspectiva de valorização futura, mesmo que a probabilidade de esse movimento ocorrer seja muito baixa. Por outro lado, um investidor racional, com mais informações e menos influência de vieses, escolheria um ativo que tem uma maior perspectiva de valorização ao longo do tempo, com base em análises detalhadas e dados históricos.

Se você é um investidor iniciante, talvez ainda seja caracterizado como emocional e são nesses momentos que o conhecimento é muito importante. A VG oferece cursos especialmente para quem está começando no mercado financeiro. Aprenda a investir de forma inteligente, aumentar seus rendimentos e alcançar sua liberdade financeira!

A teoria tradicional de Harry Markowitz

Em contraste com os investidores emocionais, os investidores racionais seguem uma abordagem mais estruturada e fundamentada, como a teoria de Harry Markowitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1990. Segundo Markowitz, a formação de carteiras deve ter um objetivo: potencializar o retorno esperado, com o menor risco possível. Esse modelo é usado na criação de carteiras diversificadas, com o equilíbrio entre risco e retorno esperado.

Para isso, é essencial construir cenários e probabilidades, verificando, por exemplo, a proporção de crescimento (forte, brando ou recessão) no próximo ano e a precificação do retorno de cada ativo.

A carteira deve ser montada com os ativos líquidos listados na Bolsa de Valores por meio das seguintes estimativas: retornos esperados, desvios-padrões, covariâncias e o cálculo da função quadrática de cada ativo. 

Com isso, podemos concluir que o objetivo principal é criar uma carteira de investimentos composta por ativos que ofereçam a maior expectativa de retorno, mantendo a melhor relação retorno-risco.

Se você já é um investidor experiente, possivelmente seja classificado como racional, afinal você sabe que o conhecimento traz melhores decisões e escolhas. Você sabia que a VG oferece planos para você aumentar cada vez mais a sua renda passiva? Temos a estratégia perfeita para que você invista com segurança nas melhores empresas pagadoras de dividendos.

Estratégias para controlar a emoção e focar no investimento

A inteligência emocional é indispensável para o sucesso nos investimentos. Nossas emoções intuitivas, embora úteis em muitas situações da vida, não devem ser consideradas ao tomar decisões financeiras.

A seguir, vamos abordar algumas estratégias que vão melhorar o seu controle emocional e consequentemente, otimizar seus investimentos.

1. Reflita cuidadosamente

A “heurística da representatividade” é um conceito descrito pelos economistas comportamentais Daniel Kahneman e Amos Tversky. Ela se refere à tendência das pessoas de fazer julgamentos com base em semelhanças superficiais entre eventos ou situações, em vez de considerar informações estatísticas mais relevantes. Por exemplo, ao avaliar uma ação de um banco, um investidor pode presumir que não é necessário pesquisar o histórico da empresa, pois todas as ações de bancos listadas em bolsa têm apresentado bom desempenho. Esse tipo de julgamento pode levar a decisões inadequadas.

2. Desvincule emoções da materialidade

Após um período, pessoas que ganham na loteria podem enfrentar o que psicólogos chamam de “adaptação hedônica”. Esse termo descreve como, ao se acostumarem a um novo padrão de vida, as pessoas passam a considerá-lo normal e, eventualmente, chato. 

A transição radical na qualidade de vida decorrente da riqueza resulta em uma felicidade que, essencialmente, é temporária. 

Portanto, associar emoções com bens materiais pode não permitir uma boa noção da realidade financeira.

3. Autoconfiança x autocrítica

Enquanto investidores profissionais elaboram estratégias consistentes, os inexperientes podem flutuar entre momentos de entusiasmo e desânimo. É útil traçar seus projetos de vida, estabelecendo objetivos diversos e trabalhando simultaneamente neles. Nada é mais danoso do que alimentar expectativas negativas. Manter uma estratégia consistente é crucial para o sucesso a longo prazo.

4. Defina expectativas realistas

Evite estabelecer expectativas altas para seu desempenho financeiro e não confie em promessas “milagrosas” vindas de livros ou de pessoas.

Investidores profissionais nos mercados internacionais, que lidam com volumes substanciais de capital, empenham-se para entregar retornos reais, ou seja, acima da inflação, mesmo quando enfrentam riscos associados a projetos em países com classificação de crédito questionável. 

Compreender que a acumulação financeira resulta não apenas dos rendimentos dos investimentos, mas principalmente da disciplina, de uma consistência faz toda a diferença.

5. Valorize o que importa

Investidores conscientes compreendem que seu valor não reside apenas em prever os movimentos do mercado, mas, principalmente, nas relações familiares, amizades e nas pequenas alegrias cotidianas. 

Podemos controlar nossas reações, mas não o mercado em si.

Encontre um equilíbrio entre sua vida financeira e pessoal para manter uma abordagem saudável e sustentável nos investimentos.

Caritsa Moreira

@profacaritsamoreira

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