Durante sua trajetória como investidor, é possível que alguns comportamentos desanimadores surjam. Mas como é possível gerenciá-los ou, melhor ainda, evitá-los? Essas questões serão abordadas em nosso conteúdo de hoje.
Comportamentos desmotivam o investidor
Soberba
Investidores se mostram excessivamente confiantes ou arrogantes. Neste caso, acreditam que conhecem sobre tudo, e nada foge do seu controle. Ao pensar dessa maneira, o investidor não está aberto para aprender e entender que pode ser necessário mudar a estratégia diante de alterações no mercado e ou mesmo a partir de uma conversa esclarecedoras que pessoas/profissionais experientes. Também não compartilha o que sabe. Assim, diante da possível frustação oriunda da sua mente fechada, pois os resultados podem não ter vindo alinhados com o que esperada fielmente, acaba se desmotivando. Do outro lado, o investidor que observa ou recebe de alguma forma esse comportamento, acaba se desmotivando por se sentir sozinho nesse ambiente tão volátil que é a bolsa de valores brasileira.
Efeito Manada
Quando muitos investidores seguem o comportamento da maioria, sem fazer sua própria análise, isso pode levar a decisões irracionais e a bolhas especulativas, desmotivando tanto o investidor que participou da criação do movimento irracional, quanto os investidores que preferem estratégias baseadas em fundamentos.
Falta de Transparência
A falta de informações claras e precisas sobre um investimento pode desmotivar os investidores. Dessa forma, a opacidade nos produtos financeiros ou nas práticas de uma empresa pode gerar desconfiança.
Conflitos de Interesse
Quando intermediários financeiros têm interesses conflitantes, como receber comissões com base na venda de produtos específicos, isso pode desmotivar os investidores que questionam a imparcialidade das recomendações.
Volatilidade Extrema
A volatilidade excessiva e as oscilações abruptas nos preços de ativos podem desencorajar investidores que preferem um ambiente mais estável. A bolsa de valores brasileira é bem volátil, o que acaba gerando desconfiança sobre a segurança mínima na renda variável.
Escândalos e Fraudes
Fraudes financeiras, escândalos corporativos e casos de corrupção podem abalar a confiança dos investidores e desmotivá-los a participar do mercado. No mercado brasileiro temos diversos casos. É comum que um caso acabe abalando todo o setor.
Política e Regulação
Alterações em políticas de distribuição de dividendos, na gestão de empresas estatais, isto é, mudanças frequentes nas políticas econômicas e na regulação financeira, podem criar incertezas que desmotivam os investidores.
Má Performance de Investimentos
Sobretudo o investidor mais imediatista, ao se deparar com uma performance mais fraca em algum período, isto é, que não está gerando os retornos esperados, os investidores podem se desmotivar por acharem que estão seguindo a estratégia errada ou mesmo que a renda variável, por exemplo, não é o melhor caminho.
Falta de Diversificação
A falta de diversificação na carteira de investimentos pode aumentar os riscos e, se os investimentos se desvalorizarem significativamente, isso pode desmotivar os investidores.
Comunicação Ineficaz
A comunicação inadequada por parte das empresas, gestores de fundos ou consultores financeiros pode deixar os investidores confusos e desmotivados. Se o investidor também não for atrás das informações
Investidor, como evitá-los ou corrigi-los?
- Transparência e Comunicação Adequada: Empresas e intermediários financeiros devem fornecer informações claras e transparentes sobre produtos, riscos e custos. Ou seja, a comunicação deve ser honesta, precisa e fácil de entender. O investidor deve buscar o maior número de informações possíveis.
- Educação Financeira: buscar conhecimento sobre os investimentos é uma das formas de não se sentir desmotivado, já que será conhecedor do processo.
- Gestão de Conflitos de Interesse: Empresas e intermediários financeiros devem adotar políticas que evitem conflitos de interesse e garantam que os interesses dos investidores estejam alinhados com os seus.
- Diversificação: Os investidores devem ser incentivados a diversificar suas carteiras para reduzir o risco. Dessa forma, a diversificação pode proteger contra a má performance de investimentos individuais.
- Acesso à Informação: Os investidores devem ter acesso fácil a informações financeiras e econômicas para tomar decisões informadas. Isso pode incluir relatórios financeiros, análises de mercado e pesquisas independentes. Assim, a maior disponibilização de informações por parte dos agentes ajuda na transparência e faz com que o investidor se sinta mais confiante.
- Paciência: Evitar o comportamento de manada e não se deixar influenciar por emoções impulsivas também é importante. Se você tem uma estratégia, sobretudo a baseada em fundamentos, ela existe tempo, então, ter paciência ao longo do processo é fundamental.
Investidor, qual a importância de persistir?
- Alcançar Objetivos Financeiros de Longo Prazo: Investir consistentemente ao longo do tempo é a chave para acumular riqueza e alcançar objetivos financeiros significativos, como aposentadoria confortável, compra de imóveis, educação dos filhos, entre outros.
- Beneficiar-se do Poder dos Juros Compostos: O tempo é um dos maiores aliados dos investidores de longo prazo. Investir de forma persistente permite que você aproveite o poder dos juros compostos, onde seus ganhos geram mais ganhos ao longo do tempo.
- Aprender com a Experiência: A persistência nos investimentos proporciona a oportunidade de aprender com sucessos e fracassos ao longo do tempo. Isso contribui para o desenvolvimento de uma abordagem mais informada e sábia para investir.
Esses são apenas alguns fatores para considerar e analisar. Esta é apenas uma lista explicativa. O que motiva ou desmotiva um investidor pode variar de pessoa para pessoa. No entanto, é sempre vantajoso contar com a orientação de profissionais que o auxiliem a permanecer no caminho mais rentável e apropriado para você.
Até a próxima,