Historicamente falando, as opções nasceram na Bolsa de Chicago, na década de 70, e desde então, se popularizaram em todo o mundo. No Brasil, o pioneirismo veio pela Bolsa de Valores Brasileira, com a introdução dessas operações no país.
As opções são um instrumento financeiro poderoso, porém muitos investidores ainda têm medo de usá-lo. Isso ocorre devido a uma série de mitos sobre o assunto.
Primeiro, é preciso entender o seu conceito. Opções são derivativos, ou seja, elas derivam de outros ativos que podem ser ações, moedas, commodities, entre outros.
Por serem constituídas como derivativos, as opções dão ao titular o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um determinado número de ações de uma empresa a um preço predeterminado (preço de exercício) em ou antes de uma data de vencimento específica. Essas opções são negociadas no mercado financeiro como ativos independentes.
As opções são negociadas na Bolsa de Valores, sendo as opções sobre ações as que mais se destacam devido ao alto volume do mercado. Em suma: a expressão “opções da Petrobrás” significa que essas opções provêm das ações da Petrobrás e o mesmo acontece com as demais companhias.
Por meio das opções é possível fazer hedge, ou seja, o seguro de carteira, que tem a função de proteger o investimento, garantindo ao investidor 100% de segurança na operação. As opções também são usadas com foco em ganhos exponenciais e na busca de rentabilidades considerando um prazo mais curto, por exemplo.
Você, mesmo sendo um investidor experiente, muitas vezes ainda tem dúvidas tanto sobre opções quanto sobre como é possível acelerar a sua liberdade financeira e a multiplicação do seu patrimônio. A VG conta com carteiras recomendadas de Ações e Fundos Imobiliários, além do grupo de suporte e comunicação com outros investidores para te ajudar nesse processo.
Hedge x Seguro
Agora que você já entendeu o que são opções, vamos mostrar as suas duas formas de proteção: o hedge e o seguro.
Hedge são estratégias que reduzem e até eliminam a volatilidade de um determinado ativo.
Imagine que você, como agricultor, vendeu uma tonelada de arroz por quinhentos dólares e fez o seguinte acordo: você receberá o pagamento daqui a alguns meses. Porém, durante esse período você sabe que haverá a oscilação do mercado, o que pode aumentar ou diminuir o valor do dólar. Então como excluir qualquer possibilidade de prejuízo financeiro?
Nesse momento, é feito o hedge, por meio de contratos futuros e que terá o mesmo valor da venda. Dessa forma, o agricultor tem a garantia do recebimento dos quinhentos dólares, sem qualquer prejuízo (ou ganho extra), mesmo com a volatilidade do mercado. Assim, o hedge protegeu essa venda!
Agora, vamos pensar em uma carteira de investimentos composta por ações, as quais também sofrem muito impacto da volatilidade do mercado. O hedge pode protegê-la.
Pandemia
Durante momentos de crise, como o ocorrido durante a pandemia do Coronavírus, uma carteira sem proteção experimentou uma queda bastante significativa, especialmente se estava totalmente composta por ações. Já uma carteira com hedge, teve o efeito contrário: a queda foi irrisória e em muitos casos ela nem existiu. Em outros, teve uma pequena valorização.
Mas como garantir efeitos similares ao hedge para a sua carteira? Por meio da diversificação, da compra de ações baratas e de ativos de boa qualidade, por meio da reserva de liquidez e da compra de ações que pagam dividendos.
Nesse sentido, o seguro de opções são estratégias que tem efeito hedge e ainda permite ganhos nos momentos de volatilidade, como por exemplo, durante uma crise.
Isso inclusive ocorreu durante a pandemia do Coronavírus, quando a bolsa teve uma queda expressiva. Os investidores que estavam protegidos com o seguro de opções, teve o efeito contrário em sua carteira: a valorização das ações.
Aliás, se você é um investidor iniciante, não se preocupe! A VG oferece cursos especialmente para quem está começando no mercado financeiro. Aprenda a investir de forma inteligente, aumentar seus rendimentos e alcançar sua liberdade financeira!
Mercado de opções x Mercado de ações
Agora não há mais dúvidas sobre a diferença que há entre mercado de opções e de ações.
1- O mercado de ações envolve a compra e venda de participações em empresas, representando uma pequena fatia da empresa, que é chamado de cota, tornando o investidor parte do quadro societário da companhia. Já o mercado de opções envolve a negociação de contratos que derivam seu valor das ações subjacentes.
2- No mercado de opções, o investidor negocia o direito de compra e venda das ações. No mercado de ações, o valor da negociação depende da cotação da ação da empresa no exato momento da compra.
3- No mercado de opções, não há investimento feito na empresa e sim, há a garantia de que o investidor poderá fazê-lo no futuro breve, com o preço da ação de hoje. Já no mercado de ações, ocorre a compra do ativo, no momento da negociação.
Caritsa Moreira