Este é o segundo artigo da nossa série sobre Volatilidade de Mercado. No primeiro artigo, abordamos o conceito de volatilidade e seu impacto nos investimentos. Sendo assim, agora, avançaremos mais fundo para explorar os seguintes temas:
- A relação entre risco e volatilidade
- Os diferentes tipos de volatilidade
- Índice VIX: medindo a volatilidade do mercado
- Volatilidade dos principais ativos de investimento
A relação entre risco e volatilidade
Como já abordado, a volatilidade é um indicador de flutuação dos preços dos ativos em frequência e intensidade, referente a um determinado período de tempo. Ele está diretamente ligado ao conceito de risco. Quanto mais volátil for um ativo, maior será o seu potencial de ganho, mas também seu potencial de perda. Em outras palavras, a volatilidade é uma espada de dois gumes que traz tanto oportunidades quanto desafios para os investidores.
A relação entre risco e volatilidade é fundamental para qualquer estratégia de investimento. Ao compreender essa relação, os investidores podem avaliar o nível de risco que estão dispostos a assumir em busca de retornos potencialmente mais altos. A volatilidade desempenha um papel crucial na formação de uma carteira equilibrada e na gestão de riscos.
Os diferentes tipos de volatilidade
Há três tipos de volatilidade, e cada um deles apresenta características distintas para medir e prever as flutuações nos preços de um ativo específico. Vamos a cada um deles:
Volatilidade histórica: é baseada em dados passados e reflete a variação de preços que um ativo teve em um período anterior. Trata-se de uma visão retrospectiva da volatilidade.
Volatilidade implícita: é derivada dos preços das opções de compra e venda dos ativos. Ela reflete as expectativas do mercado em relação à volatilidade futura.
Volatilidade real: para monitorar esse indicador, é necessário utilizar o preço futuro da ação como referência.
Em geral, investidores que se concentram em operações de curto prazo, como compra e venda de ativos no mesmo dia ou em poucos dias, adotam a volatilidade.
Índice VIX: medindo a volatilidade do mercado
O Índice de Volatilidade (VIX) é uma métrica que avalia a volatilidade esperada do mercado de ações dos Estados Unidos. O VIX é frequentemente chamado de “índice do medo”, porque tende a aumentar durante períodos de turbulência e incerteza nos mercados.
Ele é calculado com base nas opções de compra e venda do índice S&P 500. Embora seja associado ao mercado de ações dos EUA, ele também influencia a volatilidade em mercados globais, uma vez que os movimentos do mercado americano frequentemente têm um impacto em outros mercados financeiros em todo o mundo.
Sendo assim, um VIX alto indica maior expectativa de volatilidade e incertezas.
Volatilidade dos principais ativos de investimento
A volatilidade não afeta todos os ativos da mesma forma, variando entre os diferentes tipos de investimentos. Vamos examinar a volatilidade de alguns dos principais ativos disponíveis no mercado:
Tesouro Direto: os títulos do Tesouro Direto são considerados de baixa volatilidade, uma vez que possuem garantia do governo. No entanto, a volatilidade dos preços dos títulos pode ocorrer em resposta a mudanças nas taxas de juros.
Fundos Imobiliários (FIIs): considerados investimentos de baixa volatilidade, uma vez que o valor das cotas é menos propenso a flutuações abruptas em comparação a ações ou outros ativos de renda variável. No entanto, ainda podem sofrer variações, especialmente em resposta a eventos econômicos e mudanças nas taxas de juros.
Ibovespa: é o principal índice da Bolsa de Valores (B3) e representa o desempenho das ações mais negociadas no Brasil. A volatilidade do Ibovespa está diretamente relacionada à saúde econômica do país, mudanças políticas e fatores globais que afetam os mercados emergentes.
Ações: conhecidas por sua volatilidade, já que os preços podem oscilar consideravelmente em resposta a eventos econômicos, políticos e relacionados à empresa. A volatilidade também varia de acordo com o setor e a empresa.