Lições ao mercado de FIIs, por AFHI11 e NCHB11

Tempo de leitura: 4 min e 21 s

Olá pessoal!

Recentemente duas gestoras de FIIs de papel se destacaram em relação a fatos anunciados sobre a oferta de emissão de cotas.

Em 12 de abril de 2022, a Araújo Fontes informou, no fato relevante referente à 2ª emissão de cotas, que:

Da mesma forma, a NCH capital, em relação à sua 5ª emissão de cotas, informou em 13 de maio de 2022:

Dessa forma, os custos de distribuição das novas de cotas de AFHI11 e NCHB11 serão exclusivamente arcados pelas respectivas gestoras. Isso tem um duplo efeito, a princípio. 

Em primeiro lugar, o preço unitário da subscrição se torna mais barato para o cotista, ficando mais atrativo para participar da emissão. 

Em segundo lugar, aumenta-se a probabilidade de êxito da subscrição, já que, ao diminuir o preço, maior será a chance de os cotistas subscreverem as cotas. Com isso, aumenta-se a viabilidade de que seja cumprido o pipeline, ou seja, aumentam as chances da aquisição dos ativos (no caso, dos CRIs) selecionados previamente.

As ofertas, nesses casos serão restritas (Ofertas 476), visando simplificar e agilizar o processo da subscrição, podendo participar investidores profissionais, além, é claro, de quem já é cotista do fundo.

Na contramão disso, o CACR11 divulgou no fato relevante de sua 4ª emissão (27 de abril) que haverá uma taxa de R$ 3,34 por cota subscrita, cujos recursos serão utilizados para pagamento da comissão de coordenação e estruturação, comissão de distribuição, honorários de advogados externos, taxa de registro e distribuição das novas cotas na B3, custos com registros em cartórios e custos relacionados com roadshow. Com essa taxa, o valor total a ser pago por cada cota integralizada será de R$ 105,67, sendo o preço de emissão de R$ 102,33. 

Evidentemente que não são todos os casos em que a gestora poderá arcar com os custos da emissão. Contudo, o investidor deve ficar alerta para taxas de emissão muito altas, como a da 4ª emissão do CACR11, que corresponde a 3,26% do preço de emissão. 

Apesar disso, a postura da Araújo Fontes e da NCH merece ser exaltada, mostrando uma tendência de um alinhamento cada vez maior dos fundos com os interesses dos cotistas

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