No Brasil todo o investidor tem a proteção de seus investimentos através do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade privada, fundada em 1995 e sem fins lucrativos que administra mecanismos de proteção a titulares de crédito contra possíveis problemas de instituições financeiras. Ou seja, o FGC garante o pagamento ao credor caso a instituição financeira coberta pelo fundo não consiga honrar com seus compromissos, em casos de decretação de intervenção ou liquidação extrajudicial.

O FGC protege a maior parte dos investimentos de renda fixa do país, garantindo aplicações de até o limite de R$250 mil por CPF.

Mas você sabia que existe uma entidade nos Estados Unidos que atua realizando o mesmo papel do FGC?

O Securities Investor Protection Corporation (SIPC) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1970 cujo objetivo é proteger seus clientes em caso de falência de uma corretora. Importante ressaltar que todas as corretoras que fazem negócios com o público investidor devem ser membros do SIPC.

O SIPC supervisiona a liquidação de corretora que decretam falência, ou que estão com problemas financeiros ou se os ativos de seus clientes desaparecem. Podemos considerá-lo como um seguro oferecido aos clientes da corretora e sua cobertura é limitada a um valor de US$500 mil.

Quais investimentos o SIPC assegura?

O SIPC protege diversos tipos de investimentos, sendo que ele tem cobertura inclusive maior do que a oferecida pelo FGC.

Há proteção nos investimentos de ações, REITs, ADRs, ETFs, bonds (títulos de renda fixa de dívida), título do Tesouro Americano, certificados de depósito, fundos de investimentos entre outras modalidades.

Durante a crise de 2008, quando foi decretada a falência do banco Lehman Brothers, foi o SIPC que auxiliou diversos pequenos investidores a terem acesso ao seu dinheiro.

Conclusão

Apesar de ser considerado um evento raro de acontecer, é sempre importante ter o conhecimento sobre instituições que podem nos ajudar quando acontece um imprevisto. Principalmente pensando em nossos investimentos que estão fora do Brasil, pois as entidades estão mais distantes, deixando várias pessoas muitas das vezes receosas de investir.

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Guilherme Morais

Analista CNPI 2682