B3 pagará JCPs dividendos aos seus acionistas

A B3 aprovou o pagamento de proventos a sua base de acionistas, que receberá tanto dividendos quanto juros sobre o capital próprio.

Ao todo, serão pagos R$326 milhões em JCPs, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,06033083 por ação, cujo pagamento se dará pelo valor líquido de R$ 0,05128121 por ação, considerando o número de ações em circulação em 30/08/2024, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% sobre o valor.

Além disso, também serão pagos R$190 milhões em dividendos, referentes à apuração do resultado do 2º trimestre do exercício social de 2024, equivalentes ao valor de R$ 0,03516214 por ação, considerando o número de ações em circulação em 30/08/2024.

Vale apontar que o pagamento será realizado no dia 07 de outubro de 2024 e tomará como base de cálculo a posição acionária de 24 de setembro de 2024. Além disso, as ações da companhia serão negociadas na condição “com” até o dia 24 de setembro de 2024, inclusive, e na condição “ex” juros sobre capital próprio e dividendos a partir do dia 25 de setembro de 2024.

Por fim, é interessante destacar também que foi aprovado o cancelamento de 120.000.000 de ações atualmente mantidas em tesouraria, adquiridas em conformidade com os programas de recompra da companhia previamente aprovados pelo Conselho de Administração. Diante disso, após o cancelamento de ações, o capital social da Companhia passará a ser dividido em 5.426.500.000 ações ordinárias.

JCPs da B3

  • Valor líquido por ação ordinária: R$0,05
  • Dividend Yield: 0,4%
  • Data com: 24/09/2024
  • Data do pagamento: 07/10/2024

Dividendos da B3

  • Valor por ação ordinária: R$0,03
  • Dividend Yield: 0,25%
  • Data com: 24/09/2024
  • Data do pagamento: 07/10/2024

Como foram os últimos resultados da B3?

O lucro líquido atribuído aos acionistas da B3 atingiu R$1.244,1 milhões, alta de 18,2% e 31,0% em relação ao 2T23 e 1T24, respectivamente. Excluindo os itens não-recorrentes destacados abaixo, o lucro líquido teria atingido R$1.226,6 milhões no trimestre, 5,0% acima do 2T23 e 8,5% acima do 1T24.

Já a receita líquida da bolsa brasileira atingiu R$2.727,2 milhões, alta de 10,1%, com crescimento em todos os segmentos da Companhia. Excluindo os efeitos da consolidação da Neurotech (que passou a ser consolidada apenas a partir de 12/05/23) e da reversão de provisões, explicada abaixo, o crescimento seria de 7,5% em relação ao 2T23, com receita total de R$2.648,3 milhões. Destaque para os desempenhos de derivativos de índice (8,0% da receita total) e derivativos listados (24,2% da receita total), além do contínuo desempenho positivo do segmento de Balcão. Vale mencionar que o 2T24 teve 63 dias úteis (vs. 61 no 2T23 e 1T24). Em relação ao 1T24, a alta na receita total foi de 10,6%.

O EBITDA recorrente totalizou R$1.769,1 milhões, alta de 8,4%. A margem EBITDA recorrente foi de 73,3%, queda de 26 bps. Em relação ao 1T24, houve aumento de 12,4% com expansão de 201 bps na margem.

Em derivativos listados, o cenário de volatilidade aliado às mudanças tarifárias feitas pela B3 no ano passado tiveram efeito positivo no desempenho do segmento, que apresentou volume médio diário negociado (ADV) de 8,2 milhões de contratos, um crescimento de 27,4% em relação ao 2T23. Vale destacar os contratos de juros futuros de DI, onde houve aumento de 40% no volume em relação ao mesmo trimestre de 2023.

No mercado de balcão, o patamar elevado das taxas de juros no Brasil continuou estimulando o mercado de renda fixa no Brasil, com reflexos no desempenho do segmento de Balcão, que apresentou crescimento significativo no estoque dos produtos de captação bancária (alta de 25,8% vs. o 2T23), e de outros instrumentos como certificados de recebíveis, letras de crédito e cotas de fundos.

Por outro lado, o cenário de incertezas em relação ao campo macroeconômico e juros altos continuaram tendo efeitos adversos no segmento de Ações e Instrumentos de Renda Variável, com o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) em ações totalizando R$23,9 bilhões no 2T24, queda de 11,2% vs. o 2T23. Na comparação com o trimestre anterior, o ADTV mostrou leve recuperação, com alta de 1,2%. Vale notar que, no primeiro semestre, mesmo diante de um cenário desafiador, o ADTV se manteve no patamar próximo a R$ 24 bilhões, demonstrando a maturidade e resiliência do mercado de capitais no Brasil.

Nos outros segmentos, destacam-se os crescimentos de 33,9% da receita da Unidade de Infraestrutura para Financiamentos, que totalizou R$151,0 milhões, impactada pelo cenário favorável no mercado de veículos e pelo programa Desenrola, que terminou em maio, e de 11,5% da receita de Tecnologia, Dados e Serviços, que somou R$527,5 milhões, refletindo a consolidação de Neurotech, o crescimento do número de clientes acessando as plataformas de Balcão e o reajuste anual pela inflação dos serviços de tecnologia.

O resultado financeiro foi negativo em R$38,8 milhões no 2T24. As receitas financeiras atingiram R$424,0 milhões, queda de 2,5%, explicada por um menor CDI médio no período. Em relação ao 1T24, a queda de 4,6% também é atribuída ao menor CDI médio e ao menor saldo médio de caixa (próprio e de terceiros). A redução no caixa próprio reflete, principalmente, (i) o pagamento da 1ª série da 5ª emissão de debêntures em mai/24, no montante de R$1,6 bilhão, e (ii) a execução do Programa de Recompra 2024/2025 da Companhia

Por fim, as despesas somaram R$729,1 milhões, queda de 15,1%, devido principalmente ao término da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip. As despesas ajustadas, que não consideram, entre outros, depreciação e amortização, apresentaram crescimento de 11,9%.

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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