As receitas da Netflix cresceram 1,9% em relação ao 4T21, totalizando US$7,85 bilhões no 4T22. A base de assinantes cresceu significativamente, com +7,66 milhões de assinaturas.
Com o aumento, a Netflix atingiu 230,75 milhões de assinaturas. O crescimento da base de assinantes não apenas superou a expectativa da gestão, de +4,5 milhões de assinaturas, como também superou as expectativas de Wall Street, de +4,1 milhões de assinaturas.
A estimativa conservadora da base de assinantes esteve relacionada ao processo de “combater o compartilhamento de senhas”. O lucro por ação foi de US$0,48, contra uma expectativa do consenso de US$0,50.
Ao mesmo tempo em que divulgou seus resultados para o 4T22, a Netflix anunciou mudanças relevantes: I) o cofundador da Netflix, Reed Hestings, deixará o cargo de CEO, que ficará sob a responsabilidade de Ted Sarandos e Greg Peters. Hestings afirmou que pretende se dedicar à filantropia e continuará atuando na companhia como Presidente do Conselho de Administração e; II) a Netflix deixará de divulgar projeção de número de assinantes a partir do 1T23, realizando apenas projeções sobre receitas.
As ações da Netflix dispararam mais de 7% na sexta-feira (20/01), agradando até os analistas mais pessimistas de Wall Street, como Eric Sheridan, do Goldman Sachs. Apesar do suspiro de alívio, as ações da Netflix continuam com uma queda de 33,07% ao longo dos últimos 12 anos e de 50,70% em relação a sua máxima histórica.
Os negócios de streaming continuam enfrentando desafios em rentabilizar suas operações, em um ambiente de concorrência agressiva.
Lucas Schwarz