Porto Seguro passa a divulgar projeções de receitas das suas verticais para 2025

No dia 12 de dezembro, a Porto Seguro informou ao mercado a aos seus acionistas que, a partir dessa data, passou a divulgar, no item 11 do formulário de referência, projeções sobre a representatividade das verticais de negócios do grupo (Seguros, Saúde, Negócios Financeiros e Serviços), em termos de receitas totais, incluindo as receitas intercompany, em 2025, conforme indicadas a seguir:

A seguradora esclarece que as projeções divulgadas refletem as expectativas da administração com relação aos negócios da Companhia e não representam, portanto, promessa de desempenho ou resultado. A concretização dessas expectativas dependerá de diversos fatores, muitos deles externos à Porto, podendo os resultados efetivos diferirem das projeções apresentadas. 

Vale apontar também que, de acordo com o último resultado divulgado pela companhia referente ao terceiro trimestre de 2022, as receitas da Porto ainda são relativamente concentradas em sua vertical de seguros, sobretudo aqueles relacionados ao ramo auto.

Dessa maneira, de acordo com as projeções para 2025, percebe-se que a administração vê espaço de amplo crescimento para as verticais de Saúde e Serviços, por exemplo. Vale apontar, por fim, que a seguradora já sinaliza há algum tempo, inclusive com uma reorganização societária ocorrida, interesse em uma maior diversificação das suas fontes de receitas, ainda bastante concentradas nos seguros automobilísticos, conforme acima mencionado.

Como foram os últimos resultados da Porto Seguro?

No 3T22, a Porto registrou um lucro líquido de R$ 272,7 milhões, aumento de 353,7% em relação ao mesmo período de 2021 e de 110,4% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. É válido mencionar também que o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) chegou a 11,3%, uma alta de 8,7% em relação ao 3T21 e de 5,7% em comparação ao 2T22.

No referido trimestre, o resultado financeiro foi de R$ 159,8 milhões, forte melhora tanto em relação ao prejuízo de R$ 37,1 milhões reportado no 3T21 quanto aos R$131,4 milhões divulgados no trimestre imediatamente anterior. A forte deflação observada no período em análise impediu resultados ainda mais expressivos por conta dos efeitos negativos da marcação a mercado dos títulos de renda fixa atrelados ao IPCA.

No período em análise, as receitas da companhia atingiram R$ 7,55 bilhões, elevação de 35,2% em relação ao 3T21 e de 28,8% em comparação ao 2T22. Já o lucro operacional foi de R$ 163,8 milhões no referido trimestre, uma elevação de 17,7% na comparação anual e de 87,1% na comparação trimestral. 

Na vertical Porto Seguros, responsável pela maior parte do resultado da empresa, houve R$5,2 bilhões em prêmios emitidos no trimestre, uma alta de 33,6% na comparação anual e de 15,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Por seu turno, o índice combinado dos seguros da vertical atingiu 96%, um aumento de 3,2% na comparação anual e diminuição de 2,9% na comparação trimestral, largamente em função de ajustes realizados na precificação e melhorias na subscrição para fazer frente ao forte aumento no valor dos veículos indenizados e das peças de reparação.

Já a vertical Porto Saúde apresentou R$859 milhões em receitas, uma elevação de 45% na comparação anual e de 8,9% em relação ao trimestre anterior, sendo o seguro saúde o principal responsável pelo bom resultado comercial. Na comparação anual, houve a adição de 96 mil vidas no Seguro Saúde e o índice de sinistralidade da vertical foi de 90,3%, uma leve alta de 0,4% na comparação anual e uma elevação de 7,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, sendo os custos decorrentes da COVID-19 ainda relevantes para a operação.

A vertical Porto Seguro Bank, por sua vez, alcançou R$1,14 bilhões em receitas, aumento de 20,3% em relação ao 3T21 e de 4,2% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. O resultado do Porto Seguro Bank foi de R$ 84 milhões no trimestre e o ROAE ficou em 22,9%. A vertical apresentou boa rentabilidade apesar dos impactos relacionados ao cenário macroeconômico, e crescimento do custo de captação no período, em especial no financiamento, além de investimentos em tecnologia. 

Por fim, o setor de Serviços da Porto ainda é muito incipiente e chegou a uma receita de R$62,7 milhões, um acréscimo de 62,4% na comparação anual e de 5,5% na comparação trimestral.  O resultado da vertical no 3T22 foi de -R$ 5,1 milhões, muito influenciado pelos ajustes necessários no produto Carro Fácil em função da baixa entrega de veículos 0km oriundos das montadoras, que só veio a se regularizar em meados de março/22.

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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