De acordo com os últimos dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Saneamento, houve um avanço circunstancial na universalização do serviço de saneamento ao longo da última década.
No entanto, o atual nível de 55% de acesso ao esgoto coletado está longe de ser o ideal. Atualmente em níveis comparáveis no Peru 53% do serviço de esgoto é coletado, em países emergentes como México, Rússia, Chile e China o serviço é superior a pelo menos 60%.
Em um contexto fiscal mais desafiador por parte de estados, municípios e companhias estatais cria oportunidades de investimentos para iniciativa privada.
Atualmente cerca de 91% do serviço é oferecido por companhias estaduais ou municipais, que operam com baixos índices de qualidade, segurança e eficiência.
O déficit é relevante em praticamente todas as regiões do país, no eixo Sul e Sudeste os investimentos devem se concentrar na universalização do serviço de esgoto tratado e coletado, enquanto no Norte e Nordeste ainda existem oportunidades de investimento também na rede de água.
A participação de empresas privadas no setor tem crescido nos últimos anos, mas ainda é pequena, atualmente atinge 9% do número total de municípios, mas essas empresas alcançam 21% dos investimentos realizados no setor.
Os principais nomes da indústria são AEGEA (adquirida da Itausa), Iguá, BRK Ambiental e Águas do Brasil. Os investimentos têm se intensificado desde a aprovação do marco regulatório setorial que foi sancionado em 2020, a regulação tem estabelecido metas mais claras de qualidade e expansão do serviço além de trazer mais segurança contratual para as companhias.
O último plano nacional de saneamento básico elaborado em 2013 previa um média de R$20 bilhões de investimentos anuais no setor para atingir a universalização dos serviços, na última década a média foi de R$12 bilhões/ano, inferior ao projetado. Para atingir a universalização dos serviços até 2033 precisaremos de cerca de R$80 bilhões/anuais.
Um potencial alternativo de crescimento se deve à melhoria nos indicadores de perdas e inadimplência. Atualmente o volume de perdas (físicas e furtos) é da ordem de 40% no sistema de saneamento nacional, quando comparamos com países em desenvolvimento esse valor é bem elevado, a média dos seus pares é de 20%. Na região norte do país, por exemplo, as perdas totais no atendimento de água ultrapassam os 51%, enquanto no Sul do Brasil atingem 34%, ainda um patamar elevado.
Na opinião do Time da VG, o setor possui oportunidades claras de investimento, tanto no setor público como no privado. Iremos comentar nas próximas matérias sobre o marco regulatório.
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Luan Alves