Segundo os levantamentos realizados pelos principais institutos de pesquisa do Brasil na última semana, a candidatura governista liderada pelo atual presidente Jair Bolsonaro tem conseguido diminuir a vantagem em relação à candidatura petista. Vale apontar que, segundo os levantamentos realizados na semana passada, a vantagem de Lula sobre o seu oponente variava entre 3,8% e 10%.
Segundo o agregador de pesquisas do PoderData, a maior diferença entre os dois candidatos foi registrada pelo Ipec (antigo IBOPE) de 8% e a menor foi apontada pelo Paraná Pesquisas de 2,6%.
Vale apontar também que a pesquisa mais recente da Datafolha mostra uma leve diminuição da rejeição ao atual presidente Bolsonaro, que tem o voto negado por 50% dos eleitores ao passo que Lula é rejeitado por 46% do eleitorado. Dessa maneira, segundo o referido instituto, as taxas de rejeição dos dois candidatos estão tecnicamente empatadas, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos. É interessante destacar também que outros institutos de pesquisa, como o Ipec e a Quaest, também apontaram a uma queda na taxa de rejeição de Bolsonaro.
Com a máquina pública em mãos, o atual mandatário tem buscado melhorar a imagem de seu governo, especialmente entre o eleitorado de menor renda, que historicamente é mais inclinado ao PT. Com esse objetivo, o mandatário manteve o Auxílio Brasil de R$ 600 até o mês de dezembro e anunciou o 13º para mulheres em 2023, outro segmento em que vai pior que o adversário. Além disso, as desonerações fiscais realizadas pelo governo nos preços dos combustíveis também podem ajudar a explicar a diminuição da rejeição do presidente, sobretudo entre camadas ligadas à classe média.
Na reta final de campanha e com a disputa muito acirrada, ambos os candidatos estão aumentando o tom no ataque. A campanha petista tem explorado politicamente as polêmicas declarações do presidente sobre as meninas venezuelanas, acusando-o de pedofilia. Já a campanha governista tem tentado impulsionar a já elevada taxa de rejeição do eleitorado evangélico à Lula ao defender que, caso eleito, o petista fecharia os templos religiosos, por exemplo.
Em resposta a essas ofensivas, na última quarta-feira, dia 19 de outubro, em São Paulo, Lula lançou a chamada ”Carta aos Cristãos” com o objetivo de diminuir sua rejeição entre o eleitorado evangélico. Na carta, Lula tenta pacificar alguns temas caros a esse eleitorado, posicionando-se contra o aborto e a favor da liberdade religiosa, entre outros assuntos. Estamos aguardando as próximas pesquisas para inferir se estratégia rendeu dividendos eleitorais ao candidato petista, apesar de esperarmos que seu efeito tenha um alcance limitado.
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Milton Rabelo
Cientista político e analista CNPI 2444