Como foram os últimos resultados do Banco do Brasil?
No terceiro trimestre de 2023, o Banco do Brasil apresentou um resultado sólido, porém bem menos estelar do que os últimos reportados pela instituição. A evolução do lucro foi discreta. Houve uma diminuição em métricas de retorno sobre o patrimônio líquido. Enquanto isso, a inadimplência do banco subiu numa direção oposta ao que ocorreu no sistema financeiro nacional como um todo. Vale apontar que o índice de eficiência segue melhorando progressivamente e a instituição caminha para entregar resultados anuais dentro do guidance projetado para 2023.
Lucro líquido
A instituição registrou lucro líquido ajustado de R$8,8 bilhões no 3T23. Dessa forma, manteve-se estável no trimestre e com crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação dos nove meses acumulados (9M23/9M22), o lucro líquido ajustado foi de R$26,1 bilhões, um crescimento de 14%.
RSPL e Margem Financeira Bruta
O RSPL anualizado alcançou 21,3%, em estabilidade em relação ao trimestre anterior e 0,6% inferior ao reportado no mesmo período de 2022.
Entretanto, no 3T23, a Margem Financeira Bruta (MFB) totalizou R$23,7 bilhões, crescimento trimestral de 3,5% e de 30,4% nos nove meses acumulados.
PCLD Aplicada e Inadimplência
Já as despesas de PCLD Ampliada, que corresponde às despesas com o risco de crédito somada aos valores recuperados de perdas, além de descontos concedidos e perdas por imparidade, totalizaram R$ 7,5 bilhões no 3T23, elevação de 4,7% na comparação trimestral e de 66,4% na comparação anual. No acumulado no ano (9M23), o crescimento foi de 101,2% totalizando R$20,5 bilhões no período.
Por sua vez, a inadimplência acima de 90 dias do Banco do Brasil foi de 2,81%, elevação de 0,81% na comparação trimestral e de 0,47% na comparação anual, num patamar, inclusive, ainda muito confortável do que a média do sistema financeiro nacional. No entanto, vale apontar que, no último trimestre, a inadimplência do SFN apresentou uma diminuição relevante, ao passo que houve um aumento no Banco do Brasil.
Receitas de prestação e despesas
Por seu turno, as receitas de prestação de serviços somaram R$8,7 bilhões no 3T23, aumento de 4,6% na comparação com o trimestre anterior e de 1,7% em relação ao mesmo período de 2022. Já no acumulado anual, houve crescimento de 5,0%, com performance positiva na maioria das linhas de negócio, ressaltando o incremento em seguros, previdência e capitalização e consórcios.
No 3T23, as despesas administrativas totalizaram R$9,2 bilhões, elevação de 1,5% em relação ao trimestre anterior e 9,1% em comparação ao mesmo período de 2022. Já o índice de eficiência, que mede a relação entre despesas e receitas, foi de 28%, evolução de 0,3% na comparação trimestral e de 3,6% na comparação anual.
Por fim, o Índice de Basileia foi de 16,24% em setembro de 2023, elevação de 0,52% na comparação trimestral e diminuição de 0,48% na comparação anual, ainda num patamar muito confortável e largamente acima do mínimo regulatório.
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Milton Rabelo
Analista CNPI 2444