De acordo com um working paper dos pesquisadores Robert Jackson, da New York University, e Joshua Mitts, da Columbia, o Hamas e seus fundadores podem ter lucrado mais de US$1 bilhão no mercado de capitais ao shortear ações israelenses antes do ataque de 7 de outubro. De acordo com os pesquisadores, existem evidências de que traders informados sobre a possibilidade dos ataques lucraram com o massacre. Dias antes do ataque, foi possível verificar um pico nas atividades de venda a descoberto no ETF iShares MSCI Israel ETF. Esse fato superou as atividades de venda de outros períodos críticos: crise financeira de 2008, conflito entre Israel e Gaza de 2014 e a pandemia de Covid-19.
O Leumi (LUMI.TA), o maior banco de Israel, pode ter sido um dos alvos da venda a descoberto por integrantes do Hamas e financiadores. Entre 14 de setembro de 2023 e 5 de outubro de 2023 mais de 4,43 milhões de ações do banco foram shorteadas. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que, dado a limitação dos dados, não é possível vincular determinados participantes do mercado às operações. De acordo com a Bolsa de Tel-Aviv, a Israel Securities Authority (equivalente à CVM, no Brasil) informou que já está ciente e que está investigando todos os potenciais envolvidos.