O movimento político-religioso Houthi, concentrado principalmente no Iêmen, anunciou que irá expandir os seus alvos no Mar Vermelho, procurando também causar danos às embarcações norte-americanas. Ataques no Mar Vermelho se intensificaram e, desde novembro, múltiplas companhias internacionais, incluindo Tesla, Equinor, British Petroleum (BP) e Lidl, passaram a evitar a região, com muitas buscando rotas alternativas pela Costa da África, gerando custos adicionais e provocando atrasos.
Os houthis, que justificam os ataques como “resposta às agressões de Israel contra a Palestina”, afirmaram que “os navios não precisam estar necessariamente indo para a Israel para se tornar um alvo; basta ser norte-americano”, em uma mudança de discurso. Anteriormente, o movimento afirmou ter como alvo apenas navios israelenses ou em rota de Israel. Adicionalmente, afirmaram que “Os Estados Unidos estão à beira de perder a sua soberania marítima”.
O volume transportado pelo Mar Vermelho reduziu abruptamente, ficando 65% abaixo do volume transportado estimado na última leitura, de 11 de janeiro de 2024. O número de navios que transitaram pelo Canal de Suez entre o dia 6 e 7 de janeiro foi o mais baixo desde que o porta-contêineres Ever Given encalhou e bloqueou a passagem, em março de 2021, e que causou disrupções substanciais na cadeia global de suprimentos.
Resposta do Ocidente
Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques militares contra bases de rebeldes houthis, no Iêmen, na última quinta-feira (11/01). De acordo com oficiais norte-americanos, os caças e Tomahawks disparados por navios da Marinha dos Estados Unidos, atingiram múltiplos alvos. Os ataques envolveram 60 alvos em 16 localizações. Os ataques foram apoiados por nações como Austrália, Bahrain, Canadá e Holanda.