Em fato relevante, o Banco Inter comunicou ao mercado e aos seus acionistas que irá realizar uma oferta pública subsequente de até 32 milhões de suas ações ordinárias Classe A, de acordo com uma declaração de registro efetiva arquivada na Securities and Exchange Commission (“SEC”).
Em conexão com esta oferta, a companhia concedeu aos coordenadores globais da oferta a opção de alocar até 4,8 milhões ações ordinárias classe A adicionais. O Banco Inter também explicou que utilizará o recurso para fins corporativos. E que seus acionistas não terão qualquer direito de preferência ou prioridade para subscrever as ações.
Vale apontar que o Goldman Sachs e o BofA Securities estão atuando como coordenadores globais na oferta. A qual está sujeita a condições de mercado e outras. Não há garantia sobre se ou quando ela será concluída ou quanto ao seu tamanho final.
A oferta de ações apresentada causou estranhamento no mercado, já que o Índice de Basileia do Inter encontra-se consideravelmente elevado, tangenciado os 24%. Além disso, apesar de toda a valorização recente, o P/VP ainda se encontra depreciado para os padrões históricos do banco digital, encontrando-se em 1,3 vezes. Para se ter ideia, em uma oferta de ações, em 2021 o Inter negociava a um P/VP de 14 vezes. Dadas as promissoras perspectivas do neobank, em tese, seria mais intuitivo considerar que a empresa poderia realizar essa oferta mais adiante com um múltiplo menos descontado.
Há especulações nos bastidores de que a idealização da oferta visou investidores internacionais que manifestaram interesse em ingressar na base acionária. Isso poderia melhorar a liquidez dos papéis na bolsa de Nasdaq.
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Analista CNPI 2444