Os dados de payroll referentes ao mês de fevereiro novamente mostraram resiliência no mercado de trabalho norte-americano, mas que dá sinais de menor crescimento. Foram criadas 275 mil vagas contra uma expectativa de 190 mil vagas. Por outro lado, foi destaque a revisão dos dados do mês de janeiro, que caíram de +353 mil para +229 mil. Os principais setores que impulsionaram os dados de fevereiro foram os de saúde (+67.000) e do governo (+52.000).
Já a taxa de desemprego foi acima da esperada, atingindo 3,9%. Entretanto, apesar da alta, o índice de desemprego se mantém abaixo de 4% durante 25 meses consecutivos, sendo este período o mais longo desde a década de 60.
Outro dado importante divulgado é o aumento dos salários, um item relevante para avaliarmos possíveis novos gatilhos que mantenham a inflação em um patamar mais elevado. Neste quesito, os dados foram abaixo do esperado, algo positivo para a inflação. Registrou-se uma alta de 0,1%, abaixo do consenso de 0,3% e do registrado em janeiro, que foi de 0,6%. Com isso, nos últimos 12 meses o aumento dos salários foi de 4,3%.
Alta na criação de vagas no mercado
Os dados no geral foram positivos para o mercado. Apesar da alta na criação de vagas no mercado de trabalho, os reajustes dos salários abaixo do esperado podem sugerir que a inflação retornará para um ritmo de queda. Entretanto, apenas os dados referentes a um mês não são o suficiente para uma mudança de planos do Fed, mas que podem melhorar a percepção dos membros do comitê de que será possível cortar os juros, mesmo que sem uma data bem definida.
Como os dados dos principais relatórios de emprego da semana foram positivos, os principais índices devem encerrar a semana em alta. Os destaques positivos são as classes de ativo mais impactadas pelos juros, tais como a renda fixa e os REITs.
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Analista CNPI 2682