Nesta segunda-feira (13), a previsão para a atividade econômica no país em 2021 foi revisada para baixo, agora uma alta de 5,04% (vs. 5,15% anteriormente).
O Boletim Focus é uma publicação semanal do Banco Central do Brasil contendo um resumo das expectativas de mercado em relação a diversos indicadores da economia brasileira.
A expectativa para inflação continua com revisão altista para 2021, atingindo 8,00% (vs. 7,58% anteriormente). Para 2022, a projeção do mercado foi de 3,98% para 4,03%.
Vale lembrar que a meta de inflação para 2022 é de 3,50%, portanto, a expectativa atual de uma inflação de 4,03% para o próximo ano preocupa o cumprimento da meta.
A revisão para cima da inflação em 2022 é reflexo dos últimos dados que tivemos, no qual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,87% em agosto, ficando acima da expectativa do mercado que era alta de 0,71%.
Com o resultado, a inflação acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses. O principal impacto veio do grupo de transportes, refletindo a variação dos combustíveis, no qual a gasolina registrou alta de 2,80%, etanol (+4,50%) e óleo diesel (+1,79%).
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)Fonte: IBGE. Elaboração: VG Research
Qual a consequência desse movimento?
A grande questão é que os integrantes do Banco Central brasileiro acompanham atentamente as projeções dos economistas divulgadas no Boletim Focus.
Portanto, com uma inflação mais alta, aumenta a probabilidade de uma elevação mais forte dos juros no curto prazo.
Na imagem abaixo, podemos visualizar a grande mudança que houve nas expectativas do mercado em relação à inflação, taxa de juros e economia brasileira.
A grande novidade fica para as revisões para baixo do crescimento da economia brasileira, além da expectativa de uma maior taxa de juros ao final do ano.
Fonte: Banco Central. Elaboração: VG Research