Aumento da incerteza política na Europa provoca queda no euro; CAC 40 no menor nível dos últimos 3 meses 

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A situação da Zona do Euro não é fácil e isso não é uma novidade. O gap do crescimento da produtividade dos Estados Unidos em relação ao da Europa cresceu substancialmente ao longo das últimas duas décadas. Além disso, o outrora “velho continente” visto como uma das mais importantes locomotivas do crescimento global tem sido mais recentemente lembrado pela burocracia e pela falta de incentivos à inovação – não por acaso, o aumento da incerteza política na Europa provoca queda no euro.

A diferença de crescimento da produtividade dos Estados Unidos em relação à da Europa aumentou substancialmente ao longo das últimas duas décadas. Além disso, o outrora “velho continente”, visto como uma das mais importantes locomotivas do crescimento global, tem sido mais recentemente lembrado pela burocracia e pela falta de incentivos à inovação – não por acaso, a Zona do Euro foi deixada para trás pelos Estados Unidos e pela China.

A invasão militar da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, inflamou ainda mais a situação. A dependência de inúmeros países da Zona do Euro do gás russo tornou explícita a incapacidade energética dos países europeus. A inflação, por sua vez, disparou. Em outubro de 2022, a inflação atingiu um pico de 11,5% na Zona do Euro.

Últimas notícias sobre a queda do euro

Já em um novo capítulo, a integração europeia agora enfrenta alguns novos atritos. Nesta segunda-feira (10/06), as principais bolsas da Europa encerraram em queda, antes de tudo em reação às últimas eleições para o Parlamento Europeu. As últimas projeções indicam que grupos nacionalistas avançaram no Parlamento e, com a nova composição, os deputados de direita e de centro-direita teriam 395 dos 720 assentos, representando uma maioria. Os resultados representam politicamente bem como uma derrota para o governo francês, que possui uma das maiores bancadas do Parlamento (81 assentos), apenas atrás da bancada alemã.

Em um movimento inesperado, o presidente da França, Emmanuel Macron, optou por dissolver o parlamento francês e convocar novas eleições. Projeções iniciais indicam que o partido de extrema-direita, Reagrupamento Nacional, está no topo das intenções de voto. Macron, que decidiu partir para o “tudo ou nada”, em um ato de incerteza, afirmou: “Decidi devolver a vocês a escolha do seu futuro parlamento por meio da votação. Sendo assim, estou dissolvendo a Assembleia Nacional esta noite”.

Com esse choque de incerteza, o euro e as bolsas europeias encerraram em queda. O índice CAC 40, que compreende as principais empresas francesas, apresentou queda de 1,35%. O DAX, principal índice alemão, apresentou uma queda mais moderada, de 0,34%. O euro caiu para o nível mais baixo desde o início de maio de 2024.

@lucaschwarz

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