Ataques contra embarcações por forças houthis do Iêmen, alinhadas ao Irã, estão causando disrupções no transporte marítimo e algumas grandes empresas. A companhia petrolífera British Petroleum (BP) está entre elas, que suspenderam temporariamente as operações alegando uma “deterioração da situação de segurança”. Empresas especializadas em navegação como o CMA CGM Group, Maersk e Hapag-Lloyd também pausaram o transporte por meio do Mar Vermelho. Isso, após ataque a navios comerciais na região.
A Noruega afirmou estar disposta a enviar suporte naval, enquanto outros países-membros da OTAN também consideram aumentar a presença militar na região. A rota é extremamente relevante para o comércio global, visto que cerca de 15% do tráfego marítimo global transita por meio do Canal de Suez, sendo a rota marítima mais curta entre o continente europeu e asiático. Com a deterioração da segurança, algumas companhias estão optando por navegar em torno da África, aumentando substancialmente os custos de transporte e promovendo atrasos. Como consequência, o frete marítimo deve apresentar alta nas próximas semanas.
Os ataques tendem a fortalecer a presença de uma força-tarefa na região por forças do Ocidente. Dessa forma, o Irã já sinalizou que a formação de uma força-tarefa na região seria um “erro de larga escala”. Nesta segunda-feira (18/12), o USS Carney, da Marinha dos Estados Unidos, respondeu um pedido de socorro do navio comercial Swan Atlantic após este ter sido atacado no sul do Mar Vermelho. As forças houthis, aliadas ao Irã, buscam “vingança contra Israel”.
