Dentre os bancos incumbentes, no 4T23, constatamos que houve uma continuação da dinâmica de bons resultados do Banco do Brasil e do Itaú, que seguem operando com ROE superior a 20%, bastante acima do custo de capital. Além dos bons resultados, os guidances reportados pelos dois bancos brasileiros são positivos.
Por sua vez, Santander e Bradesco seguem reportando números pouco entusiasmantes. Eles têm operado com ROE abaixo do seu custo de capital. Ou seja, esses dois bancos brasileiros têm sofrido com mais intensidade uma piora da qualidade do crédito.
Análise dos resultados
No trimestre em análise, o Bradesco foi um destaque negativo por ter apresentado um resultado bastante abaixo das expectativas e por ter sinalizado um guidance que parece conservador. Apesar de o novo plano estratégico do banco Osasco parecer uma iniciativa coordenada e ampla de iniciativas corretas, existem evidências que levam a crer que a evolução da instituição será mais lenta do que inicialmente imaginado.
Dentre os bancos de médio porte, os resultados, de forma geral, vieram muito positivos com Banrisul, Bmg e Banco ABC reportando lucros e ROEs crescentes. Além disso, existem evidências que a continuidade do ciclo de redução de juros tende a impactar mais positivamente essas instituições do que as incumbentes.
Dentre esses bancos, o Bmg foi o destaque positivo do trimestre em função dos efeitos da reestruturação. Essa foi promovida pela nova gestão comandada pelo CEO Felix Cardamone, que já se materializam em melhorias nas linhas de despesas operacionais, provisões e receita de juros.
Por fim, entre os bancos de investimento, tanto BTG Pactual quanto BR Partners apresentaram resultados muito sólidos. Eles são amparados por grande disciplina de gestão, além de melhorias conjunturais ocorridas nas linhas de receitas oriundas do mercado de capitais.
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Analista CNPI 2444