BB Seguridade pagará dividendo bilionário aos seus acionistas

A BB Seguridade informou por meio de fato relevante que pagará o montante bilionário de R$2,7 bilhões a ser distribuído aos seus acionistas sob a forma de dividendos referentes ao lucro líquido do 1º semestre de 2024. Esse valor por ação corresponde a R$1,37, o que consiste num Dividend Yield de aproximadamente 4,1%.

Os resultados do 2T24 mostram os valores a serem distribuídos por ação, bem como as datas de pagamento e de início das negociações das ações ex-dividendos. Prevista para o dia 5 de agosto de 2024.

Vale apontar que a companhia distribuiu R$5,665 bilhões em dividendos referentes aos resultados de 2023. O valor atribuído aos dois primeiros trimestres do ano passado foi de R$3,2 bilhões. Dessa forma, pelo menos, em relação ao primeiro semestre do ano, é possível observar que houve uma diminuição no volume de proventos pagos. Aproximadamente 15,6% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Como foram os últimos resultados da BB Seguridade?

No primeiro trimestre de 2024, a BB Seguridade apresentou mais um sólido resultado trimestral bilionário. Apesar de ser visível, conforme esperado, uma desaceleração do crescimento de lucros. A evolução operacional mais do que compensou a retração dos resultados financeiros, causada pela redução da taxa básica de juros e pelo descasamento temporal dos índices de inflação que corrigem os planos de previdência de benefício definido.

Apesar dos resultados fracos da vertical de previdência, as demais empresas do conglomerado apresentaram resultados positivos. Todos os indicadores do Guidance de 2024 apresentaram bom desempenho no trimestre. Por fim, na comparação anual, a seguradora reportou forte aumento de 17,5% do seu patrimônio líquido.

No 1T24, o lucro líquido bilionário da BB Seguridade foi de R$1,8 bilhão (+4,7% s/ 1T23). Os principais fatores que levaram ao incremento de R$83,1 milhões no resultado foram a BB Corretora (+R$85,6 milhões), a Brasilseg (+R$80,0 milhões) e a Brasilcap (+R$5,4 milhões). 

Evolução e encerramento do trimestre

De acordo com a companhia, a evolução do operacional mais do que compensou a retração do resultado financeiro. Causada pelo descasamento temporal de índices de inflação, que corrige os planos de previdência de benefício definido, pela marcação a mercado negativa nas posições em títulos de renda fixa e pela queda da taxa Selic. Além disso, o efeito da queda da taxa Selic foi parcialmente anulado por uma expansão. Aproximadamente 10% no saldo médio de posições pós-fixadas de todas as empresas do grupo.

Vale apontar que a seguradora encerrou o primeiro trimestre de 2024 com um patrimônio líquido avaliado em R$11,028 bilhões. Um aumento de 17,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Por outro lado, a contribuição da Brasilprev para o resultado foi R$99,3 milhões inferior à reportada no 1T23. Em razão da queda do resultado financeiro, provocada tanto pelo descasamento temporal dos índices de inflação na atualização de ativos e passivos dos planos tradicionais como pelo ajuste negativo de marcação a mercado. Decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros.

No período em análise, o resultado financeiro combinado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$220,9 milhões, líquido de impostos, montante 34,7% inferior ao reportado no mesmo período de 2023. É interessante destacar que a variação negativa do resultado financeiro da Brasilprev atribui em grande parte à queda.

Com relação aos indicadores do Guidance de 2024, todos apresentaram superação no 1T24. Para o indicador de variação do resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), uma sinistralidade menor do que a prevista para o seguro rural motivou a superação. Já para os indicadores de variação de prêmios emitidos pela Brasilseg e variação das reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev, as projeções já apontavam uma superação dos intervalos do guidance no início do ano, com convergência gradual para os intervalos vigentes no decorrer do exercício.

Diferenças entre os trimestres

Vale destacar que, no primeiro trimestre do ano, o lucro líquido da operação de seguros cresceu 11,7% em relação ao 1T23. Impulsionado pela evolução dos prêmios ganhos retidos (+9,6%) e redução da sinistralidade (-2,8 p.p.). Dessa forma, refletindo na evolução de 12,0% do resultado operacional não decorrente de juros. Tais efeitos foram parcialmente compensados pelo menor resultado financeiro em função, principalmente, do recuo da taxa média Selic. Nessa vertical, os segmentos de prestamista, penhor rural e vida e produtor rural são destaque. Uma vez que impulsionados pelo aumento no volume originado de crédito, redução de cancelamento, e crescimento do ticket médio e da quantidade vendida, respectivamente.

Por outro lado, na vertical de previdência, da Brasilprev, o lucro líquido contraiu 30,3% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando R$305,4 milhões, desempenho atribuído ao resultado financeiro que registrou saldo negativo de R$5,0 milhões no trimestre, ante resultado positivo de R$246,6 milhões no 1T23. Dentre os fatores que afetaram o resultado financeiro, os principais foram: (i) descasamento temporal dos índices de inflação na atualização de ativos e passivos dos planos de benefício definido; e (ii) impacto negativo de marcação a mercado nos investimentos resultante da abertura da estrutura a termo de taxa de juros.

Por fim, o lucro líquido da operação de capitalização foi 12,8% superior ao registrado no mesmo período de 2023, atingindo R$70,7 milhões. Por outro lado, o crescimento do resultado financeiro (+32,9%), com expansão do saldo médio de ativos rentáveis, atribui ao desempenho.

Afinal, o lucro líquido da BB Corretora cresceu 12,1% em relação ao 1T23, impulsionado pela evolução de 11,5% das receitas de corretagem, melhora de 0,5% da margem operacional e aumento do resultado financeiro.

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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