Bitcoin: o que está por trás da valorização meteórica?

 Ultimamente, um ativo que tem dado o que falar e surpreendido os mercados foi o Bitcoin. Vale lembrar que a moeda digital chegou a atingir U$69 mil dólares em 2021 e, despencou para aproximadamente U$17 mil dólares no fim de 2022. Devolvendo boa parte dos ganhos daquele ciclo de alta.

    Podemos atribuir a grande queda do bitcoin ocorrida entre 2021 e 2022 ao cenário desafiador macroeconômico com a alta dos juros nos Estados Unidos. As crises no setor de criptoativos, como o colapso do ecossistema Terra Luna e a quebra da corretora FTX.

     No entanto, desde 2023, o Bitcoin tem apresentado um forte movimento de alta, largamente impulsionado nas últimas semanas em 2024. Após terem dado como morta, dessa forma, a moeda digital tem ressurgido das cinzas para o deleite da sua fervorosa legião de defensores. Diante disso, existe um questionamento no mercado: quais são os fatores que têm levado a uma ascensão tão meteórica do Bitcoin? Abaixo, elencamos os três principais:

  1. O halving do BTC;
  2. A queda dos juros nos Estados Unidos; 
  3. A aprovação dos ETFs que facilitam a disseminação da criptomoeda entre os investidores do varejo.

Halving

     O halving acontece a cada 4 anos e é responsável por reduzir pela metade as recompensas dadas aos mineradores de criptomoedas. Previsto para acontecer em abril de 2024, ele é responsável por reduzir pela metade as recompensas dadas aos mineradores de criptomoedas, limitando a criação de novos de Bitcoin. Assim, o que tende a pressionar os preços da criptomoeda diante da queda da oferta no mercado.

     Atualmente, a recompensa em cada bloco minerado é de 6,25 BTC. Após o halving deste ano, a recompensa cairá para 3,125 BTC por bloco minerado. Após os últimos halvings em 2012, 2016 e 2020, o ativo apresentou rentabilidades expressivas.

     Além disso, é interessante recordar que, a partir de 2021, o FED, o Banco Central dos Estados Unidos, realizou uma série de elevação nos juros, aumentando-os de 0,25% para 5,5% ao ano, um patamar bastante elevado para os níveis da economia norte-americana. Esse aumento da taxa básica de juros levou a um enxugamento de liquidez de ativos de renda variável em todo o planeta e, certamente, ativos considerados mais arriscados como o Bitcoin também foram penalizados.

     Porém, como a inflação dos Estados Unidos mostra sinais de controle, os juros norte-americanos já estão em queda e a tendência é de novas reduções ao longo de 2024, o que deve beneficiar ativos de risco, inclusive, as criptomoedas, como o Bitcoin.

Preços do Bitcoin

     Por último e não menos importante, um fator que tem impulsionado consideravelmente os preços do Bitcoin foi a aprovação dos ETFs indexados ao ativo pela SEC, o que possibilitou que uma imensa quantidade de investidores de varejo possam se expor à moeda digital por meio da sua corretora, não sendo necessário abrir uma conta em uma Exchange. A agência aprovou pedidos de 11 fundos, incluindo de BlackRock, Ark Investments, 21 Shares, Fidelity, Invesco e VanEck, entre outros, os quais têm comprado quantidades bilionárias do ativo digital pressionando fortemente os preços.

     Por fim, vale apontar que  os 11 ETFs movimentaram juntos US$9,6 bilhões apenas nos três primeiros dias de negociação nas bolsas de valores de Nova York (NYSE), da Nasdaq e da Chicago Board Options Exchange (CBOE).

E você acha que bitcoin vai continuar a subir? Posta aqui abaixo nos comentários!

Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

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