Na última semana, a agência de classificação de risco de crédito Moody’s rebaixou as notas de crédito da Boeing. Atribuindo uma perspectiva negativa e destacando os inúmeros problemas no negócio de aviões comerciais. O rating da dívida sênior sem garantia da companhia foi reduzido de Baa2 para Baa3. Enquanto o rating de curto prazo caiu de P2 para P3. Além disso, em seu relatório, a Moody’s afirmou que “espera que a Boeing emita novas dívidas para financiar os déficits”, originados pela piora na geração de fluxo de caixa livre.
Ontem, 29/04, a Boeing recorreu ao mercado de dívidas para levantar US$10 bilhões. Logo após a companhia ter queimado mais de US$3,93 bilhões do fluxo de caixa livre apenas no 1T24 com a queda na produção de aviões comerciais. Nesse sentido, foram realizadas, especificamente, seis emissões de bonds com diferentes maturidades. A S&P atribuiu nota BBB- aos títulos, destacando que espera que a geração de fluxo de caixa da empresa continue fraca durante o ano de 2024.
A S&P acredita que a Boeing está em discussão para adquirir a Spirit AeroSystems em uma transação, financiada por dívida, estimada em US$4 bilhões. Uma vez que a Spirit AeroSystems constrói as fuselagens dos aviões Boeing 737 Max, aeronave envolvida em uma série de incidentes e acidentes desde o seu lançamento em 2024.
O pessimismo em relação à companhia persiste. Em março, o CEO, Dave Calhoun, anunciou que renunciará ao seu cargo ao final do ano.