Nesta segunda-feira (26), a previsão para a atividade econômica no país em 2021 foi revisada para cima, agora uma alta de 5,29% (vs. 5,27% anteriormente).
O Boletim Focus é uma publicação semanal do Banco Central do Brasil contendo um resumo das expectativas de mercado em relação a diversos indicadores da economia brasileira.
A expectativa para inflação continua com revisão altista para 2021, e para 2022 a projeção do mercado foi de 3,71% para 3,80%, após algumas semanas consecutivas registrando estabilidade.
Vale lembrar que a meta de inflação para 2022 é de 3,50%, portanto, a expectativa atual de uma inflação de 3,75% para o próximo ano preocupa o cumprimento da meta.
A revisão para cima da inflação em 2022 é reflexo dos últimos dados que tivemos, no qual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma alta de 0,72% em julho, ficando acima da expectativa do mercado que era de 0,64%.
Essa é a maior alta para um mês de julho desde 2004 (0,93%). No acumulado em 12 meses, o índice atingiu 8,59%, ficando acima da expectativa do mercado que era 8,50%.
IPCA-15 (Acumulado em 12 meses)
Fonte: IBGE. Elaboração: VG Research
Qual a consequência desse movimento?
A grande questão é que os integrantes do Banco Central brasileiro acompanham atentamente as projeções dos economistas divulgadas no Boletim Focus. Portanto, com uma inflação mais alta, aumenta a probabilidade de uma elevação mais forte dos juros no curto prazo.
Na imagem abaixo, podemos visualizar a grande mudança que houve nas expectativas do mercado em relação à inflação, taxa de juros e economia brasileira.
Fonte: Banco Central. Elaboração: VG Research