Copom eleva a taxa Selic para 4,25% ao ano e sinaliza nova alta.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 4,25% a.a. O movimento era amplamente esperado pelo mercado e a novidade ficou para os novos direcionamentos de política monetária do Banco Central.

Conforme citamos na newsletter divulgada na última quinta-feira (10), existia uma grande possibilidade de que com a alta de 0,83% da inflação em maio, o Banco Central descartasse a normalização parcial da taxa de juros neste ano. A normalização que o Banco Central cita está relacionada à taxa de juros de equilíbrio, um patamar que não compromete o crescimento econômico e controla a inflação.

Com isso, os membros do comitê afirmaram no comunicado divulgado que o cenário atual indica ser apropriado a normalização “total” da taxa de juros para patamar considerado neutro, uma vez que os choques temporários sobre a inflação estão persistindo acima do esperado. O comitê destacou os bens industriais e a deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica como os principais contribuintes para manter a inflação elevada no curto prazo.

Vale lembrar que desde o mês de março a inflação está acima do teto da meta de 5,25% previsto para este ano. Lembrando que o centro da meta fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,75%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima e para baixo.

Portanto, as projeções do Banco Central indicam que a taxa de juros deve atingir 6,25% a.a. neste ano e 6,50% a.a. em 2022. Acreditamos que o movimento de alta na Selic mostra o comprometimento do BC com a meta de inflação, o que é bastante positivo. O Banco Central precisa buscar credibilidade e ancorar as expectativas, ou seja, precisava mostrar ao mercado que é capaz de buscar as metas de inflação.

Conforme citamos em newsletters anteriores, vale destacar que uma economia não precisa apenas de juros baixos para crescer, sendo possível até uma taxa de juros mais alta ter um poder estimulativo maior. A grande questão é que para uma economia crescer de forma consistente, a população precisa de confiança para investir e consumir, ou seja, necessita de um ambiente de negócios favorável com bom ambiente político, uma moeda estável e segurança jurídica.

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