Em fevereiro de 2023, a Alphabet chegou a perder aproximadamente US$100 bilhões em valor de mercado. Isso, após o fracasso da apresentação do Bard, ferramenta de inteligência artificial (IA) do Google. Na apresentação, Bard foi incapaz de responder corretamente questões relativamente simples. Ou seja, sinalizou fraqueza quando comparado ao chatbot da OpenAI, o ChatGPT, que recebeu investimentos bilionários da Microsoft.
Nesta quarta-feira (06/12), a Alphabet anunciou o seu mais novo projeto que visa competir no mercado de IAs generativas. Sendo assim, a ideia, de acordo com a Alphabet, é integrar o Gemini ao ecossistema Google – de aplicativos do Google aos smartphones Android. A companhia atualizou o ‘fracassado’ Bard com uma versão do modelo Gemini.
Um dos maiores diferenciais do Gemini em relação ao ChatGPT é ser capaz de aceitar vários tipos de solicitação, sendo também capaz de combinar texto, imagens, vídeos, áudios e códigos de programação. O Gemini está sendo lançado em três versões:
i) Nano, otimizado para smartphones;
ii) Pro, sendo o modelo padrão para o usuário médio e;
iii) Ultra, sendo a versão mais sofisticada e que ainda está sendo avaliada em termos de segurança.
A guerra das IAs generativas, pelo menos na visão da Alphabet, deve ficar mais acirrada no que eles chamam de “era Gemini”. Entretanto, a first-mover Advantage (FMA), isto é, a vantagem competitiva da OpenAI de ter dado o primeiro passo significante para as IAs generativas, em termos de massificação para uso doméstico, não será facilmente derrubada.
As ações da Alphabet subiram com o anúncio do Gemini. Isto é um possível sinal de que, desta vez, a Alphabet fez o dever de casa.