Inadimplência atinge recorde de 64,87 milhões de pessoas no Brasil

De acordo com o levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 40,05% da população brasileira adulta estava com o nome negativado em outubro de 2022. São, ao todo, 64,87 milhões de pessoas, um novo recorde para a série histórica iniciada em 2014.

É válido mencionar também que, em outubro, houve uma elevação de 1,06% no volume de consumidores com contas atrasadas em relação a setembro. Já na comparação com o mesmo mês de 2021, o aumento foi de 9,24%.

“O brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos últimos aumentos das taxas de juros e dos preços dos alimentos. Apesar da inflação ter diminuído, no dia a dia isso ainda não é sentido nos produtos de consumo básico, que seguem aumentando. Esse cenário impacta diretamente no orçamento familiar”, afirmou o presidente da CNDL, José César da Costa.

Na comparação anual, a elevação mencionada se concentrou no aumento da inclusão de devedores cujo tempo de inadimplência varia de 91 dias a 1 ano (30,19%). É interessante apontar também que a faixa de idade com mais devedores em outubro foi de 30 a 39 anos, representando 23,92% do total ou 16,07 milhões de pessoas. Já entre os sexos, a distribuição total dos inadimplentes foi composta 50,85% por mulheres e 49,15% por homens.

Na média, a dívida por consumidor em outubro era de R$ 3.694,06. No caso, os consumidores com dívidas de até R$ 500 eram 34,1%, contra 48,77% com dívidas de até R$ 1 mil. Considerando o total das dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 1,98 empresas credoras.

É interessante pontuar também que houve uma forte elevação das dívidas com o setor bancário que registrou um aumento de 31,82%, acompanhado de Água e Luz que cresceu 14,39%. Em outra direção, houve uma diminuição das dívidas de 12,63% no setor de Comunicação e de 0,39% no Comércio.

Em termos de concentração, os bancos são o setor credor com maior concentração de dívidas no país (61,34%), seguido por comércio (12,67%), comunicação (12,67%) e água e luz (10,89%).     

Por fim, vale lembrar que, aproximadamente, 85,5 milhões de brasileiros vão receber o décimo terceiro salário, segundo o Dieese. Serão quase R$ 250 bilhões injetados na economia até dezembro. Espera-se que boa parte desse montante flua para o varejo, porém, em um momento de inadimplência tão elevada, parcela da população brasileira poderá usar o décimo terceiro salário para quitar, ao menos, uma parte das suas dívidas.

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Milton Rabelo

Analista CNPI 2444

@miltonrabelo.financas

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