A inflação do mês de fevereiro, medida pelo IPCA, atingiu 0,84%, acima da expectativa do mercado que era de 0,80%.
O índice foi puxado principalmente pela alta de 6,28% do grupo Educação, Saúde (+1,26%) e tarifa elétrica por conta da volta das tarifas TUST e TUSD no ICMS.
Primeiramente, é importante destacar que a evolução da inflação é reflexo de alguns reajustes pontuais, como houve na educação com reajuste das mensalidades que acontece no mês de fevereiro. Entretanto, o lado negativo é que o núcleo acelerou para 0,73%, com a inflação de serviços em alta contínua.
A tendência de queda na inflação permanece, apesar de ser a passos lentos. Isso porque uma inflação de 0,50% ao mês não é factível com a nossa meta atual. O grande ponto é que os dados não estão dando muito espaço para o Banco Central ficar tranquilo em sinalizar a redução na taxa de juros. Nos últimos dias, a curva de juros até registrou um alívio com expectativa de que com arcabouço fiscal crível que será apresentando, haveria espaço para redução de juros no primeiro semestre. Por fim, seguimos com a opinião de que a situação do mercado de crédito e desaceleração da economia, são pontos que o Banco Central deve considerar para sinalizar um corte de juros quanto antes, principalmente se houver a apresentação de um arcabouço fiscal crível.
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Lucas Lima