Inflação
A inflação apresentou uma alta de 0,87% em agosto, ficando acima da expectativa do mercado que era alta de 0,71%. Com o resultado, a inflação acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses.
O principal impacto veio do grupo de transportes, refletindo a variação dos combustíveis, no qual a gasolina registrou alta de 2,80%, etanol (+4,50%) e óleo diesel (+1,79%).
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Fonte: IBGE. Elaboração: VG Research
“O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras. O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final. No ano, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol 40,75% e o diesel 28,02%”, destacou o analista da pesquisa, André Filipe.
Qual o impacto no mercado?
Na última projeção do Boletim Focus para 2021, a expectativa de inflação atingiu 7,58%. A meta de inflação do governo é de 3,75% com intervalo de tolerância até 5,25%. Portanto, a inflação atual é bastante desafiadora e começa a preocupar o cumprimento até mesmo da meta de 2022. Com o dado de agosto, existe a possibilidade de novas projeções para cima na inflação, ultrapassando 8,0% neste ano. Esse cenário levaria o Banco Central a elevar mais rapidamente a taxa de juros no país, o que pode impactar os investimentos em ativos de risco.
Greve dos caminhoneiros
Ontem (08) alguns caminhoneiros realizaram paralisações em estradas de ao menos 15 estados, defendendo pautas do governo atual. Apesar do receio de que uma nova greve dos caminhoneiros seja iniciada, na manhã desta quinta-feira (09), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conseguiu liberar corredores logísticos essenciais para o livre trânsito de caminhões. Portanto, acreditamos que os protestos são pontuais e não devem contaminar toda a classe de caminhoneiros como houve na última greve.