O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma alta de 0,66% em agosto, ficando abaixo da expectativa do mercado que esperava alta de 0,91%. O índice acumula alta de 16,75% no ano e de 31,12% em 12 meses.
Taxas de variação em 12 meses do IGP-M e seus componentes Fonte: FGV. Elaboração: VG Research
“Se não fosse a crise hídrica, o IGP-M apresentaria desaceleração mais forte. No IPA, culturas afetadas pela estiagem, como milho (-4,58% para 10,97%) e café (0,04% para 20,98%) registraram forte avanço em seus preços. No âmbito do consumidor, o preço da energia, para a qual é esperado novo reajuste em setembro, registrou alta de 3,26%, sendo a principal influência para a inflação ao consumidor”, destacou o coordenador dos Índices de Preços, André Braz.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): apresentou uma alta de 0,66% em agosto, ante 0,71% no mês anterior. O resultado foi puxado principalmente pelo subgrupo alimentos in natura, no qual a taxa atingiu 8,28% em agosto, ante -1,14% em julho.
Após diversos meses registrando uma forte alta, as matérias-primas brutas apresentaram uma queda de 1,64% em agosto, refletindo o desempenho dos seguintes itens: minério de ferro (2,70% para -15,32%), bovinos (1,73% para -0,34%) e leite in natura (5,74% para 2,32%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (-5,92% para 7,78%), milho em grão (-4,58% para 10,97%) e café em grão (0,04% para 20,98%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC): apresentou uma alta de 0,75% em agosto, ante 0,83% no mês anterior. O resultado foi puxado principalmente pelo grupo Educação, Leitura e Recreação (2,16% para 0,53%). Olhando especificamente para o grupo, vale destacar o desempenho do item passagem aérea, que atingiu 3,17% em agosto ante 24,69% em julho.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): apresentou uma variação de 0,56% em agosto, ante 1,24% no mês de julho. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (1,52% para 1,17%), Serviços (0,65% para 0,78%) e Mão de Obra (1,12% para 0,00%).