O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 1,16% em setembro, ficando abaixo da expectativa do mercado que era de 1,25%.
Com o resultado, o índice acumula alta de 6,90% no ano e 10,25% nos últimos 12 meses.
O desempenho foi puxado principalmente pela alta de 2,56% no grupo de Habitação, refletindo a alta da energia elétrica (+6,47%).
A crise hídrica permanece impactando e foi responsável pelo incremento de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos no mês de setembro.
Em conjunto, o grupo de Transportes acelerou para 1,82% em setembro, novamente impactado pela alta dos combustíveis, com destaque para gasolina (2,32%) e etanol (3,79%).
No grupo de Transportes, vale destacar a forte alta de 28,19% nas passagens aéreas, após registrar queda de 10,69% no mês de agosto.
No grupo de Alimentação e bebidas (+1,02%), o destaque ficou para o incremento dos seguintes itens: frutas (5,39%), que contribuíram com 0,05 p.p. no índice de setembro, do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%).
Apesar da inflação permanecer bastante pressionada, principalmente por conta da alta tarifa de energia elétrica, houve sinais positivos nos dados de setembro que precisamos considerar.
A difusão registrou uma queda relevante no período, demonstrando que a inflação não se espalhou tanto, com destaque para linha de serviços que atingiu uma redução importante.
Por fim, acreditamos que o resultado foi positivo e pode acalmar um pouco as tensões em relação a uma alta mais intensa na taxa de juros, mas é importante acompanhar os próximos dados para verificar uma continuidade no arrefecimento.