O Monitor do Produto Interno Bruto – FGV apresentou uma queda de 1,0% em agosto, na comparação com o mês anterior.
Apesar da redução registrada no período, a economia brasileira segue em tendência de recuperação em relação a forte queda de 2020, reportando uma taxa de crescimento do PIB em 12 meses de 3,6%, ante queda de 3,1% considerando doze meses até agosto de 2020.
Taxa de variação mensal do PIB (%)
Fonte: FGV
“Destaca-se a taxa do setor de serviços que havia sofrido quedas mensais contínuas e elevadas desde março do ano passado até março deste ano e apresenta taxas positivas desde abril com a taxa acumulada em doze meses sendo positiva desde junho, sendo em agosto de 2,6%.
No setor de serviços tem relevância a atividade de outros serviços, que representa cerca de 15% do PIB, que chegou a ter taxa mensal negativa de 22,8% e que apresentou taxas positivas elevadas desde abril deste ano.
Este desempenho se deve à maior abrangência da vacinação que possibilitou a maior interação entre as pessoas com idas a hotéis, bares, restaurantes, viagens, etc.
Isto é compatível com o consumo de serviços por parte das famílias que no mês de agosto cresceu 8,2%”, destacou o coordenador do Monitor do PIB – FGV, Claudio Considera.
Consumo das famílias
Olhando especificamente para o consumo das famílias, o crescimento foi de 6,5% no trimestre encerrado em agosto em comparação com o mesmo período do ano passado.
O resultado foi puxado principalmente pela retomada de serviços (+9,8%).
Taxa de variação do Consumo das Famílias e contribuição por componentes (taxa trimestral móvel com relação ao mesmo período dos anos anteriores, % e p.p.)
Fonte: FGV
Por fim, a economia brasileira está tentando registrar uma recuperação em meio a redução das restrições e avanço do processo de vacinação, entretanto, o alto nível de inflação, risco fiscal e instabilidade política, são variáveis que podem atrapalhar o processo de crescimento econômico principalmente em 2022