A produção industrial apresentou uma queda de 0,7% em agosto, ficando abaixo da expectativa do mercado que era de -0,4%. Essa é a terceira queda mensal consecutiva, deixando a indústria 2,9% abaixo do patamar pré-pandemia.
No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 9,2% e 7,2%, respectivamente.
Produção Industrial
Fonte: IBGE. Elaboração: VG Research
“Há um desarranjo da cadeia produtiva, que faz com que haja encarecimento dos custos de produção e desabastecimento de matérias-primas para produção do bem final.
Isso vem trazendo, pelo lado da oferta, maior dificuldade para o avanço do setor”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.
O resultado foi puxado principalmente pela queda das seguintes atividades: outros produtos químicos (-6,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%).
Por fim, acreditamos que os gargalos da cadeia produtiva estão se demonstrando cada vez mais persistentes, o que proporciona um desequilíbrio entre a demanda e oferta e, consequentemente, maiores custos de produção.
Vale destacar que pesquisas recentes apontam que a solução dos gargalos deve ser um processo lento, podendo perdurar por mais de 1 ano.