Definitivamente um dos setores mais prejudicados pela pandemia foi o segmento de Turismo, este importante setor representa 8,1% do PIB do Brasil.
Para vocês terem uma noção do tamanho impacto, o PIB do Brasil contraiu 3,7% em 2020, enquanto o setor de turismo caiu 49% no mesmo ano.
As viagens corporativas foram mais afetadas, apresentando uma redução de 61% no faturamento das empresas que atuam apenas nesse segmento, assim como as viagens internacionais fecharam o primeiro ano de pandemia com uma queda de 69%. Os empregos gerados no setor também foram afetados, com uma queda de quase 20%.
Em 2021 ainda vimos uma recuperação tímida no primeiro semestre, com as principais economias ainda sofrendo ondas da pandemia e impactando assim a mobilidade social. Mas na segunda metade do ano começamos a perceber sinais claros de uma demanda reprimida, conforme pode ser visto na imagem abaixo.

O Market Share de aviação das 3 maiores companhias do setor (Azul, Gol e Latam) que em 2019 era de 77% atingiu 91% em 2021, a Azul foi a empresa que mais cresceu durante a pandemia, mas nossas projeções internas apontam para um ganho de participação da Gol e Latam ao longo de 2022. Essas últimas 2 empresas foram mais afetadas pela queda das viagens corporativas e turismo internacional.

Nossas estimativas apontam para um crescimento mais acelerado no setor de turismo ao longo de 2022, atingindo cerca de 100 milhões de Passageiros transportados, uma alta de 48% quando comparado ao ano de 2021. Porém, ainda devemos fechar o ano de 2022 cerca de 15% abaixo do patamar pré-pandemia.
Segundo informações da Associação Brasileira de Viagens Corporativas (ABRACORP), alguns trechos importantes na aviação nacional como Congonhas / Santos Dumont (Ponte aérea) e Congonhas/Brasília, ainda apresentam queda de 30% nos bilhetes emitidos quando comparado ao pré-pandemia, mostrando a dificuldade de recuperação das viagens corporativas.
Outro fator que vem impedindo uma recuperação mais rápida do setor é o aumento das tarifas aéreas. A pandemia também encareceu muito as principais linhas de custos das companhias de aviação (Cambio, Combustível e salários). O querosene de aviação subiu quase 60% entre Janeiro e Maio deste ano, principalmente motivado pela alta do petróleo após o começo da guerra entre Rússia e Ucrânia. Dessa forma as passagens aéreas seguiram encarecendo, a tarifa média teve alta em um ano de 40% e 60% na Gol e Azul respectivamente.

Em Agosto de 2022 a Petrobras reduziu o querosene de aviação em 15,7%, devemos ver uma baixa das passagens aéreas nos próximos meses, o que vai impulsionar mais ainda a demanda por turismo.
E o que fazer com os investimentos?
Na opinião do Time da VG, os investidores podem enxergar o cenário atual como uma oportunidade de investimento em algumas companhias do setor de turismo (Aviação, Hotelaria, Restaurantes e afins).
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Luan Alves