O Banco do Povo da China, banco central chinês, anunciou a manutenção das taxas básicas de juros pelo 5º mês consecutivo. Assim, a taxa de juros que funciona como referência para empréstimos de 1 ano continuou em 3,45%; a taxa de juros para empréstimos de 5 anos continuou em 4,2%. Desde agosto de 2023 o Banco do Povo da China não realiza alterações nas taxas de juros.
A bolsa chinesa apresentou uma forte queda após a decisão. O Shanghai Composite Index apresentou uma queda de 2,68% e o Shenzhen Composite Index apresentou uma queda de 4,47%. Assim, o MSCI China, um dos índices chineses mais conhecidos, está próximo de níveis verificados apenas durante a Grande Crise Financeira de 2007-2008.
Inúmeras outras bolsas asiáticas seguiram o mesmo movimento durante o dia. O Hang Seng apresentou uma queda de 2,52%, em Hong Kong, enquanto o índice KOSPI, na Coreia do Sul, apresentou uma queda de 0,34%. Em contrapartida, o Nikkei 225, principal referência para o mercado japonês, apresentou a maior alta de 33 anos, apresentando uma alta diária de 1,62% e atingindo 36.546,95 pontos.
O poder dos dividendos
Não é raro se deparar com o uso da bolsa japonesa como “exemplo do fracasso de uma estratégia Buy & Hold”, ao se ilustrar algum gráfico similar ao verificado na imagem imediatamente anterior. Entretanto, ainda que claramente não tenha sido uma boa tese de investimento, principalmente entre 1990 e 2010, os resultados entre investidores que reinvestiram dividendos e investidores que não reinvestiram os dividendos recebidos diferem substancialmente, ilustrando a importância do reinvestimento dos dividendos. O gráfico a seguir ilustra bem essa diferença.
Evolução do Nikkei 225 considerando dividendos reinvestidos (linha verde) e sem dividendos reinvestidos (linha azul).
Moral da história? Reinvestir os dividendos acelera o efeito “bola de neve”.