Brasil
O cenário no Brasil e no mundo melhorou bastante nos últimos meses, com os menores ruídos políticos, andamento do arcabouço fiscal, queda da inflação e expectativa de redução da taxa de juros.
Em relação à taxa de juros, o mercado brasileiro que estava bastante ansioso. Com a comunicação do Banco Central sobre o início da redução, terminou se decepcionando. O comunicado da última reunião do Copom (21/06) foi bastante conservador e não deixou claro sobre a possibilidade de corte na reunião do mês de agosto.
Do lado positivo, saiu do comunicado a parte que destacava a possibilidade de manutenção da Selic atual até o final do ano para que a inflação busque a meta em 2024. Também saiu do comunicado o trecho sobre a possibilidade de voltar a aumentar a taxa de juros. Apesar da melhora da expectativa de inflação, um trecho mais duro do comunicado destacou que as expectativas permanecem acima da meta e precisam melhorar ainda mais. A verdade é que o cenário continua bastante positivo em relação à taxa de juros, visto que o próximo passo sem dúvidas será para redução. A curva de juros continuou em queda na parte longa mesmo após o comunicado mais duro que o esperado.
Em relação à atividade econômica, o Brasil vem surpreendendo positivamente. Uma vez que o PIB para 2023 foi revisado para cima após os dados do primeiro trimestre de 2023. O real vem se fortalecendo contra o dólar, o que reflete um movimento global de enfraquecimento da moeda americana diante as emergentes. Assim, a balança comercial brasileira que está bastante forte, além do carrego da taxa de juros estar muito atrativo.
Seguimos construtivos com o Brasil ao longo do ano de 2023, com arcabouço fiscal eliminando o risco de cauda e a reforma tributária batendo na porta. Além disso, acreditamos que há diversas oportunidades em empresas de qualidade na bolsa brasileira, com valuation bastante atrativo.
Mundo
Entretanto os outros países do mundo seguem numa dinâmica bastante diferente do cenário do Brasil. Embora os Estados Unidos e diversos países da Europa continuam numa batalha contra a inflação, os Bancos Centrais seguem com possibilidade de aumentar as taxas de juros. O risco de recessão também toma conta dessas regiões, com os últimos indicadores de atividade econômica atingindo níveis bem abaixo das expectativas. Na nossa visão, a bolsa americana segue um pouco esticada em termos de valuation.
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Lucas Lima