O mercado financeiro está bem movimentado. Tempo de incerteza está instalado, e o medo da recessão global também se faz presente. E na bolsa de valores, a volatilidade toma conta. É tempo de crise. O que fazer?
De fato, não é apenas no Brasil que temos um cenário desafiador. Mas sim, também no cenário externo, com guerra e questões de política econômica. Países emergentes, como o Brasil, acabam sentindo os reflexos do mundo.
No conteúdo de hoje explorei alguns direcionamentos sobre o que fazer no mercado de ações no cenário de hoje.
Temos dois lados a serem analisados. Um lado é relativo ao investidor que se desespera com a crise e resolve se desfazer de tudo, mesmo que realize um prejuízo. O outro lado é referente ao investidor que busca extrair o melhor que puder, como por exemplo, aproveitando as oportunidades.
Devo migrar para a renda fixa? Não!
Devido ao cenário de alta da taxa de juros, com Selic em patamares elevados, diversas opções de renda fixa têm enchido os olhos dos investidores. No entanto, pelo menos no Brasil, estamos vendo a inflação desacelerar, e por consequência, com perspectivas de manutenção e diminuição da taxa de juros.
Assim, fica claro que os produtos da renda fixa estão baixando suas elevadas rentabilidades. E o mercado de renda variável voltará a ser a primeira opção. Desse modo, você precisará estar preparado para operar no mercado de ações, sobretudo em períodos de crise.
O que devo fazer com as ações que estão apresentando queda?
Se você adquiriu essas ações com base em fundamentos, e se não está no momento de vendê-las considerando essa razão, possivelmente o mercado está precificando esse ativo de acordo com as condições atuais, ou seja, de tempos de crise.
Então, é tempo de buscar confirmação sobre os fundamentos das companhias, pois se você já estiver com uma boa posição, é momento de aguardar valorização. Se estiver com uma posição pequena e com saldo para aportar (livre da reserva de emergência) também é recomendado que aumente sua posição. Claro, estamos falando de empresas boas, com potencial de valorização e fundamentos que justificam a decisão de manter ou aumentar a posição.
Perceba que não há opção para desespero. Quem viveu o auge da crise provocada pela pandemia do COVID-19 obteve retorno dos seus investimentos. Claro, quem investiu em empresas resilientes, sólidas e com potencial de crescimento.
Qual o efeito da crise no investidor de longo prazo?
Falando de investidor fundamenalista, o efeito para esse tipo de investidor é o retorno, haja vista que no longo prazo o preço irá se ajustar aos fundamentos. No curto prazo, sobretudo em períodos de crise, o preço irá se ajustar à especulação e ao humor do mercado.
Se a ação é muito boa e está com preço baixo, devo reduzir o preço médio?
Sim! Se devido às atuais condições do mercado, aquela ação muito boa não está refletindo o atual valor, e com isso, sua cotação está em queda. Nesse sentido, uma boa estratégia pode ser realizar novas compras para reduzir o seu preço médio e ganhar com a rentabilidade futura do montante.
É interessante utilizar outras estratégias na bolsa de valores em períodos de crise?
Sim! Por exemplo, você pode se utilizar das opções de ações (direito de compra e venda). E esse é apenas o exemplo de vários. Trata-se apenas de um exemplo para responder à pergunta de que é válido explorar algumas estratégias para aproveitar as oportunidades que o mercado financeiro está te oferecendo.
E quando a crise acabar?
O resultado já temos. Pois, as crises acontecem, trazem suas consequências, porém, quando terminam a recuperação é sempre forte. No entanto, sobre o atual cenário, ainda temos muito a enfrentar.
De maneira geral, observe o seu perfil de investidor, pois o fundamentalista não deve se desesperar em momento de crise, caso contrário, poderá perder todo o caminho percorrido até o momento.
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Então, ficou mais claro sobre o que fazer em período de crise na bolsa de valores? Foque em explorar o mercado financeiro. Abaixo você pode fazer comentários sobre esse conteúdo ou deixar suas dúvidas.
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Caritsa Moreira
