Na última semana, além da alta do índice Ibovespa, a queda do dólar também chamou atenção. A cotação do dólar saiu de R$5,07 para R$4,91 em cinco dias e muitos investidores ficaram em dúvida: o dólar irá continuar caindo ou a sua cotação atingiu um patamar interessante para remessas?
Mas antes de começar precisamos responder: quais foram os principais motivos desta queda tão acentuada na semana?
O principal gatilho para a queda do dólar nos últimos dias foi a divulgação dos dados de inflação (IPCA) do mês de março, que vieram abaixo das expectativas de mercado. Estes dados abrem ainda mais a possibilidade do Banco Central Brasileiro iniciar cortes nos juros de forma antecipada. Além disso, as notícias de avanço do texto do Arcabouço Fiscal geraram melhores expectativas do mercado.
Mas tão importante quanto a avaliação das causas da valorização do real, é preciso entender se o dólar se desvalorizou no mundo. Também foi divulgado o principal índice de inflação dos Estados Unidos (CPI), que foi abaixo da expectativa, assim como no Brasil. Com a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) esteja próximo de encerrar o ciclo de aperto monetário, isso tende a beneficiar as moedas em relação ao dólar.
E pensando na cotação do dólar em relação a outras moedas, a melhor forma de avaliarmos a dinâmica do dólar no mundo é através do Dollar Index (DXY). O índice é composto pelo Euro, Iene, Libra esterlina, Dólar Canadense, Coroa Sueca e Franco Suíço. De modo geral, podemos perceber que a trajetória do real não está descolada com o que tem acontecido com a cotação de outras importantes moedas.
Caso você tenha interesse em entender mais sobre o Índice do Dólar, acesse aqui.
Durante o mês de março o dólar se valorizou devido ao receio da crise bancária, mas o índice tem caído nas últimas semanas. Entretanto, o movimento de queda do real foi mais acentuado do que a das outras moedas.
Mas as perguntas que todo investidor está fazendo são: o dólar continuará caindo? É hora de comprar?
Acredito que exista espaço para o dólar manter sua trajetória de queda, principalmente se as propostas de reforma avançarem, além da redução dos juros, que fazem com que a bolsa brasileira fique mais atrativa para os investidores estrangeiros.
Entretanto, o câmbio é naturalmente volátil e uma nova notícia pode alterar esta trajetória. Afinal, a variação de curto prazo do dólar é difícil de ser estimada com precisão.
Acredito que para o investidor de longo prazo esta seja uma janela interessante para comprar dólares, principalmente para quem está começando a investir no exterior. É difícil acertar a trajetória do dólar no curto prazo, mas quando temos uma perspectiva de longo prazo, naturalmente o dólar terá vantagens em relação ao real. Pode ser que ele continue a sua trajetória de queda, mas o investidor não precisa adivinhar o melhor momento de compra do dólar para ter bons resultados no longo prazo, mas ele precisa se expor de forma consistente e com disciplina ao longo dos anos.
Aportes regulares geram um resultado melhor do que a busca pelo “melhor momento” para comprar o dólar. E mais importante do que comprar o dólar no melhor momento é a escolha de bons ativos em que irão reduzir o risco-Brasil de sua carteira de investimentos e proporcionar boa possiblidade de retorno.
Para escolher bons ativos, te convido conhecer a carteira VG Dividendos em Dólar. Uma carteira pensado para diversificação através de empresas sólidas e boas pagadoras de dividendos.
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Guilherme Morais
Analista CNPI 2682