Os riscos de cauda são apresentados com diversos nomes diferentes, em inglês é chamado de tail risk, além de podermos denominá-lo de evento de cauda. Entretanto, o nome mais comum para o risco de cauda atualmente é o que Nassim Taleb indica como um Black Swan, ou Cisne Negro.
Risco de cauda são eventos raros que acontecem quando o investidor não espera e que normalmente causam uma perda considerável de patrimônio. De forma mais técnica, podemos definir como a chance de ocorrer uma perda extrema devido a um evento raro, previsto por uma distribuição de probabilidade.
Mas para entendermos bem o que é um risco de cauda, vamos avaliar a curva abaixo, que é chamada de curva de sino, com a distribuição dos eventos de acordo com a sua probabilidade de ocorrência.
Os eventos ao centro da curva são os que tem maior probabilidade de ocorrência. Pensando na bolsa de valores, os dias em que a sua variação fica entre -1% e 1%, são os valores centrais, pois normalmente sua variação é pequeno em um único dia.
Entretanto, grandes variações, por exemplo, como quedas de 10% e circuit breakers, são raras de acontecer. E estes retornos estão representados no gráfico na extremidade do lado esquerdo, pois à medida que caminhamos para a cauda da curva, menores são as chances de ocorrência.
Basta lembrarmos do mês de março de 2020 com o início da pandemia. Praticamente todo o mundo se fechou e as bolsas por todo o mundo caíram rapidamente, de forma que os investidores receberam a notícia de forma inesperada.
Outros exemplos de cisne negro que aconteceram pelo mundo: o fechamento da bolsa da Rússia no início da guerra contra a Ucrânia, pois imagine o investidor russo que viu todo seu capital alocado sem a possibilidade de resgate. Outro exemplo foi o chamado Joesley Day, onde a bolsa brasileira caiu 9% e o dólar se valorizou 10% em um único dia.
Como se proteger
Nenhum investidor está imune aos risco de cauda, entretanto, há algumas medidas que o investidor pode tomar para amenizar este risco. E a principal proteção que você pode dar ao seu dinheiro é a diversificação.
Diversificar entre várias classes de ativos protege o investidor contra os riscos de cauda. Imagine uma carteira que tenha ações de diversos setores, fundos imobiliários, renda fixa entre outras classes. Esta carteira se mostrará mais resiliente diante de crises.
Mas gostaria de enfatizar um outro tipo de diversificação que traz benefícios ao investidor, que é o investimento no exterior. Investir no exterior é abrir sua carteira para as maiores empresas do mundo, além de reduzir o risco-Brasil de sua carteira. Caso você não saiba o que é risco-Brasil clique aqui para entender este importante conceito.
Conclusão
Evitar grandes perdas de patrimônio é fundamental para o bom resultado de longo prazo de sua carteira. Pois uma queda de 50% demanda um retorno de 100% apenas para retornar ao ponto inicial. Dessa forma, o principal objetivo de todo investidor é a sobrevivência, e evitar os riscos de cauda tendem a melhorar o retorno de sua carteira.
Como disse Warren Buffett, a regra número 1 dos investimentos é: não perca dinheiro. E a regra número 2 é: não se esqueça da regra número 1.
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Guilherme Morais
Analista CNPI 2682