Na quarta-feira, os números relativos às vendas do varejo americano para o mês de dezembro foram divulgados. Houve um aumento de 0,6% superando as expectativas, que eram de alta de 0,4%. Com isso, no acumulado do ano de 2023, as vendas do varejo cresceram 5,6%, indicando ainda aquecimento da economia e apetite pela população ao consumo.
Importante destacar que este valor não sofre ajuste em relação à inflação. Mas sim, leva em consideração a sazonalidade com o aumento nas vendas devido ao período do Natal. Dessa forma, podemos perceber que as vendas continuam crescendo em ritmo acelerado. Além disso, a revisão dos dados de novembro também mostrou um aumento de 0,3%.
Ademais, ontem o Fed divulgou o Livro Bege, trazendo um tom mais positivo para o mercado. Este relatório é a união de todas as informações reunidas pelos Federal Reserve Banks dos Estados Unidos com as condições econômicas atuais de todos os 12 distritos, ou seja, podemos considerá-lo como um documento que traz um resumo a respeito da economia americana.
O consenso do relatório é o de que há sinais mais claros de desaquecimento no mercado de trabalho e que a pressão dos últimos dois anos nos aumentos de salários deve ser reduzida em 2024. Além disso, o Livro Bege apontou maior otimismo para a economia e indicou boa perspectiva para corte de juros ao longo do ano.
Mercado permanece ansioso
Assim, em meio às notícias macroeconômicas que indicaram maior aquecimento da economia e alta da inflação no mês de dezembro, o mercado permanece ansioso para que o Fed indique de forma mais clara quando haverá o primeiro corte nos juros. A aposta desde o mês de dezembro é que na reunião de março o Fed irá reduzir os juros.
No entanto, devido à discrição do comitê e à sua tentativa de evitar qualquer indício prematuro, o mercado já está inclinado a considerar mais provável que os juros sofram uma queda somente a partir do mês de maio.
Segundo o CME Group, há quase 98% de chances de manutenção nos juros na primeira reunião que acontece em 31 de janeiro. Para a reunião de março a probabilidade de queda de 0,25 p.p. saiu de 70% na última semana para 58%. Entretanto, mesmo que o primeiro corte dos juros não ocorra em março, o mercado espera que o Banco Central realize três cortes de 0,25 p.p. nos juros este ano.
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Analista CNPI 2682